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| Manuel Colhe Vereador do Partido Socialista |
"Pelos vistos, a campanha
eleitoral já começou e logo da pior forma, através de um mau uso das redes
sociais, escolheram foi alguém que provávelmente não será adversario. Não tendo
eu nenhuma necessidade de me defender da canalhice que por aí anda, sinto a vontade
de explicar aos Alpiarcenses o porquê de não ter apresentado na última reunião
de câmara a nota de pesar pelo falecimento do Dr. Mário Soares e ter optado
apenas por evocar no início da reunião aquilo que foi o homem, lamentar a sua
morte e agradecer-lhe em meu nome e dos que precisão da liberdade para viver.
Em primeiro lugar, e não sendo eu
vereador titular, a antecedência com que soube que iria estar na já referida
reunião, não me permitiu legalmente dar entrada ao requerimento para a
introdução de um ponto na ordem de trabalhos.
Em segundo lugar, e tendo em
conta que o sentimento do partido da maioria nem sempre reconhece o trabalho e
a importância do Dr. Mário Soares, nada me dá total certeza de que esse mesmo
requerimento proposto em sede de reunião fosse aprovado, o que constituiria uma
enorme afronta ao nome daquele que é para muitos o “pai da democracia”. E é,
sinceramente, minha opinião que caso o executivo tivesse vontade de demonstrar
o seu pesar após constatar que não tinha sido colocado uma requisição para a
introdução do ponto, teria levado esse ponto a votação por iniciativa própria.
Sabendo eu que o cargo que ocupo
e o partido que represento são maiores do que eu, faço tudo o que me é possível
para dignificar ambos, estando agradecido pela oportunidade que me deram. A
minha vida sempre foi pautada pela seriedade e pela frontalidade e nunca por
imposições de ninguém.
Quanto ao facto de a concelhia do
partido socialista não ter apresentado essa mesma nota de pesar, esse assunto a
mim nada me diz respeito uma vez que o PS tem órgãos próprios para falar por
si.
Cumprimentos
Manuel Colhe"
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