quarta-feira, 1 de setembro de 2021

ARTIGO DE OPINIÃO: Chega para cá


 

Por:

José Luís Albuquerque

Candidato a Presidente da Câmara Muncipal de Alpiarça, pelo "CHEGA"


Chega para cá


O desenvolvimento de um país e de uma região, passa pela diferenciação positiva, relativamente aos seus pares. Quando se escolhe um país para visitar, viver ou envelhecer, há critérios que pesam na sua escolha relativamente a outros, tais como o clima, a beleza da região, os preços, as taxas e impostos, as pessoas, a segurança, isto é, mede-se a sua qualidade de vida. Da mesma forma, uma região que se quer atrativa, que procure pessoas, investimento e melhoria da qualidade de vida da sua população, deve apostar em políticas eficazes, criativas e diferenciadoras, que lhe permitam competir e ganhar vantagem relativamente a outras regiões.

Estamos em Alpiarça, um pequeno concelho que tem como vizinhos Almeirim e Santarém, dois concelhos de dimensão muito superior, quer em termos de território e número de pessoas, quer de indústria e comércio e que contam com freguesias cujo orçamento e tamanho rivalizam com todo o município de José Relvas. De que forma, pode então Alpiarça competir com estes gigantes, que recebem alunos, pois têm instituições de ensino superior, para onde se transferem trabalhadores, porque tem indústria e comércio desenvolvido, que captam indústrias e serviços que se instalam em parques industriais avançados e onde existe mão de obra mais especializada, que estão mais próximos das vias de comunicação, de autoestradas e de comboio? A resposta está na inovação e no aproveitamento daquilo que Alpiarça tem de ímpar e que os concelhos vizinhos não têm, na sua capacidade diferenciadora, ou seja, na sua oferta cultural, turística, ambiental e histórica. Isto é único em Alpiarça e nenhum município no país o pode repetir.

Alpiarça é a «pérola da Lezíria» que ainda não foi polida. Está em bruto. Os atuais representantes do poder local (e os anteriores), passados tantos anos, não perceberam ainda o potencial e a capacidade geradora de vantagens que este concelho oferece.

Sabendo que este é um concelho que perdeu quase 10% da sua população nos últimos 10 anos, que está mais envelhecida de ano para ano, que perde mais empresas do que aquelas que se criam, que tem atrações, mas não atrai turismo, podíamos dizer que o seu futuro está comprometido. Também a gestão dos recursos materiais e financeiros da autarquia tem sido desastrosa, com o investimento assente numa política de adjudicações diretas, sem concurso público (alguns misteriosos), procedimentos estes pouco transparentes e prejudiciais aos interesses da população de Alpiarça.




Como poderá então Alpiarça responder a esta visão procariota para um concelho e para a sua população?

A resposta está na mudança de paradigma para o concelho, apostando numa política de qualificação do património, atração de população, fixação da juventude e desenvolvimento do turismo. Estas são as chaves para potenciar aquilo que é diferente, que é único e mais valorizado em Alpiarça.

O incentivo à criação de empresas e dinamização do empreendedorismo é fundamental para fixar a juventude, nomeadamente através da criação de espaço destinado a start-ups que, de forma gratuita, possam, durante os primeiros anos de vida, desenvolver a sua atividade. É neste Ninho de Empresas que, em espaço partilhado, a criatividade e o engenho da juventude alpiarcense pode desenvolver os seus projetos e amadurecer a sua atividade. Por outro lado, é fundamental qualificar o espaço industrial para ser atrativo para quem ali se quer instalar. Uma zona industrial pode ter árvores, passeios, iluminação condigna, equipamentos de restauração e ser zona de passagem de uma carreira rodoviária de transporte dos trabalhadores. Não precisa de parecer o cenário de um filme apocalíptico, sem vida, abandonado.

A urbanização de habitação de gama alta deve ser um fator a ponderar para o Concelho, pois atrai população que procura uma qualidade de vida que Alpiarça pode oferecer, seja para habitação permanente ou de férias. Esses munícipes procuram comércio de qualidade, restauração, serviços e até investimento local.

O incentivo à natalidade, que pode ser um fator de decisão quando toca à escolha do local onde se pretende constituir família e viver, é um dever, para evitar esta curva descendente da população, através da atribuição do cheque bebé a famílias residentes no concelho e uma ajuda mensal nos primeiros 24 meses, período em que os gastos com as crianças são avultados e têm forte impacto no orçamento das famílias.

Manter a juventude a estudar no concelho, após o ensino secundário, é possível através de um protocolo com instituição de ensino superior universitário ou politécnico, descentralizando cursos para o município, o que permitiria aumentar a retenção da juventude de Alpiarça e dinamizar comércio e serviços no Concelho.

Mas o mais importante para a valorização e promoção da imagem de Alpiarça passa pelo seu bem mais precioso, a sua riqueza natural e cultural. O património ambiental e uma política sustentável de gestão dos recursos aplicada ao turismo é um dos desafios mais valorizado hoje em dia pelos consumidores e sê-lo-á cada vez mais no futuro. A Casa dos Patudos, o enoturismo, a zona ribeirinha, a floresta, a barragem, são condimentos únicos de uma oferta ímpar na região.

Alpiarça pode ter no Patacão a melhor praia fluvial do ribatejo, que tem potencial de atração de milhares de pessoas anualmente. É preciso investir em equipamentos de apoio, baseados em estruturas palafitas, tal como a aldeia existente (que, devidamente qualificada, é por si só uma atração turística e que merecia ter um pequeno centro de interpretação da cultura avieira) e criar bons acessos e estacionamento.

O complexo dos Patudos, onde se encontra a albufeira com o mesmo nome (um espaço único na região), está desaproveitado. A albufeira é neste momento apenas uma imensa massa de água que nada serve do ponto de vista turístico. Deve ser potenciado todo o complexo e rentabilizado para desportos náuticos; banhos; pesca; circuitos pedonais, a cavalo, de bicicleta. Na zona poderia ainda criar-se um roteiro pelas diversas estações arqueológicas existentes na zona, para fins turísticos, mas também de investigação.

Com um concelho preparado para o turismo, é possível promover a instalação de uma unidade hoteleira na região, facilitando a integração dos operadores turísticos nos projetos municipais e privados da região.

Alpiarça tem tudo isto e muito mais, há investimento privado que aguarda um executivo de confiança, sério, virado para o futuro para aqui criar os seus negócios, criando emprego, desenvolvendo o comércio local e desta forma aumentar o rendimento e orçamento da autarquia.

 

Por tudo isto, é necessária uma visão para o futuro. Temos uma oportunidade única, com recurso aos fundos europeus que estão disponíveis, de alavancar uma revolução de desenvolvimento, que permite olhar para o futuro de Alpiarça com entusiasmo, simultaneamente criando condições para atrair o investimento privado, dando assim oportunidade a que se tire todo o partido possível do património e herança cultural do concelho. Podemos então dizer “Chega para cá, vem ver como evoluiu Alpiarça”.

 

Alpiarça tem tudo isto e muito mais. Alpiarça não pode ficar para trás.





domingo, 29 de agosto de 2021

O QUE ELES QUEREM É UM LUGAR AO SOL




Vamos lá compreenderr esta gente.

Com estes troca-trintas que são piores que o Vento que tanto estão de um lado como do outro prefiro quem é de palavra e não ande a saltitar de um lado para o outro.

Mal por mal que fiquemos com os que estão  porque sabemos quem são e de que lado estão.

Daqueles que não  mudam de sitio só para ter um lugar ao sol.

Estive a ler que o Engenheiro Leonel Piscalho (foto) é apoiante da candidatura de Francisco Cunha (https://www.facebook.com/groups/678021888980472)

Se a minha memória não me engana numas  eleições autárquicas Leonel Piscalho apoiou Sónia Sanfona e até  estava nas listas da candidata.

Agora surge como apoiante do “Todos por Alpiarça” 

Não percebo nem entendo esta gente.

Se fosse certo tipo de  gente que são uns troca tintas e que andam a saltitar de candidatura para candidatura para ver se conseguem um lugar ao Sol ainda os entendia agora Leonel Piscalho andar também a saltitar de candidatura para candidatura ora apoiando Sónia Sanfona ora Francisco Cunha até já acredito que nas proximas eleições venha a apoiar algum candidato do CHEGA.

Confesso que tenho uma certa dificuldade em entender esta “reviravolta” de Leonel Piscalho mas começo a entender porque a CDU não mete uma placa na Barragem dos Patudos com o seu nome e na qualidade de autor do projecto da Barragem.

Precisamos de pessoas com principios e de palavra e não de quem gosta de saltar de um lado para o outro em busca da fama.

A admiração e respeito que tinha pelo Leonel desvaneceu-se como “Todos por Alpiarça” por ter  alguns ressabiados da politica local nas suas listas como é agora o caso de Leonel Piscalho.

Espero que neste dito  "apoio" não haja alguma confusão como houve em devido tempo quando figuras foram convidadas para dar a sua opinião e depois foram utilizados para fins publicitários de um certo candidato.

Alpiarça  merece melhor.

Por: Manuel Costa

O titulo é da responsabilidade do JA

NR: A palavra "troca-tintas" não tem fins depreciativos mas que seja entendida como forma de expressão do autor