sábado, 30 de junho de 2018

43 MIL FUNCIONÁRIOS, 996 ESCOLAS, 797 MILHÕES: EDUCAÇÃO VAI PASSAR PARA AS AUTARQUIAS.



Transporte de doentes não urgentes e conservação das estradas vão ficar fora da descentralização , um dossier tutelado pelo ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita.

Governo apresentou estimativas financeiras discriminadas por áreas e municípios. Educação leva a grande fatia do Orçamento

O governo prepara-se para transferir para o poder local 797 milhões de euros, um valor que vai acompanhar a transferência de novas competências para as autarquias, na área da Educação. E é uma transferência em grande escala, a que está prevista neste setor. A concretizar-se nos termos em que o executivo a prevê, vão ficar sob a tutela das autarquias 43 262 funcionários (pessoal não docente) e 996 escolas, que correspondem a 3552 edifícios. Os dados constam de um relatório elaborado pela secretaria de Estado das Autarquias Locais, a que o DN teve acesso, e que foi entregue à Associação Nacional de Municípios (ANMP), no âmbito das negociações que estão a decorrer entre o executivo e as autarquias.

O documento faz a estimativa dos valores a transferir para o poder local, discriminados por área setorial e por autarquia. Em termos globais, o montante que será transferido do Orçamento do Estado (e que sai das contas dos ministérios) para o Fundo de Financiamento da Descentralização (FFD) ascende aos 889,7 milhões de euros. Deste valor, a fatia de leão vai para a Educação - os citados 797 milhões. A transferência de competências na área da Saúde será acompanhada, nas previsões do governo, de um pacote financeiro de 83 milhões, o setor da habitação terá um orçamento global de 7,6 milhões de euros e a Cultura receberá 1,1 milhões.

Com os valores que vão receber, e no que se refere especificamente à Educação, as autarquias terão de pagar os salários e suplementos remuneratórios de todo o pessoal não docente, um custo que o executivo estima em 566 milhões de euros. E terão também de assegurar a manutenção das instalações e equipamentos escolares - para isso terão 88 milhões de euros anuais. Já para apoio e complementos educativos (por exemplo, para assegurar a escola a tempo inteiro ou o leite escolar que é distribuído aos alunos) terão 142 milhões/ano.

A transferência de competências na área da Educação é um dos dossiês que ainda não está fechado nas conversações entre o governo e a ANMP. Uma das razões é precisamente a falta de dados discriminados, por área e por autarquia, dos valores a transferir, que os municípios vinham pedindo insistentemente.

A proposta do executivo que tem vindo a ser negociada ao longo dos últimos meses passa para as câmaras municipais uma longa lista de competências que até agora os municípios só detêm ao nível do pré-escolar e do primeiro ciclo. A intenção é que todos os ciclos do ensino básico e secundário fiquem sob a alçada das autarquias, que passam a ser as proprietárias dos edifícios escolares, ficando responsáveis pela sua manutenção; passam a ser a entidade patronal de todo o pessoal não docente, cabendo-lhes a contratação de novos funcionários; e ficam responsáveis por todos os serviços afetos à escola, das refeições dos alunos à segurança. Fora da tutela autárquica ficam os professores, que continuam afetos ao Estado central através do Ministério da Educação, que se mantém também como a entidade responsável pelas políticas educativas.

No setor da Saúde - outro que ainda não tem acordo fechado entre o governo e a ANMP - a transferência de competências é menos abrangente, traduzindo-se na passagem dos centros de saúde para a esfera municipal. Nas estimativas do governo passam para a alçada autárquica 1847 funcionários (pessoal não médico). Já nos custos com imóveis (alguns do Estado, outros arrendados) a estimativa de custos aponta para os 67 milhões de euros. O processo de descentralização na Saúde não abrange os municípios com Unidades Locais de Saúde, num total de 78.

Fora da equação fica o transporte de doentes não urgentes (com um custo anual estimado em 47 milhões de euros), que inicialmente estava previsto na transferência de competências, mas não veio a concretizar-se. Há, aliás, duas outras áreas em que não haverá descentralização. A conservação das estradas (16 milhões de euros) e, na área da Ação Social, os contratos de inserção dos beneficiários do rendimento social de inserção (RSI), bem como o acompanhamento e animação no apoio à família e serviço de atendimento (com um custo total estimado de 126 milhões).

Lisboa é o município que mais recebe: 38 milhões

Quanto à discriminação por autarquias, Lisboa recolhe a maior fatia das transferências - a previsão é de 38 milhões de euros, 32 milhões para a Educação, cinco para a Saúde. Segue-se Sintra, com 27 milhões (24 milhões para as escolas). O Porto e Vila Nova de Gaia têm prevista uma verba de 20 milhões, Loures de 16, Almada 15, Braga e Amadora de 14, Matosinhos 13 milhões, Coimbra, Guimarães e Gondomar de 12.
Nos termos do acordo firmado entre o governo e o PSD em matéria de descentralização, os municípios poderão receber as novas competências durante os próximos três anos, até 2021, cabendo-lhes a decisão sobre o momento de aderir ao processo de descentralização.

71 milhões em novas receitas

Além dos 889 milhões que serão transferidos a partir do Orçamento do Estado, o governo estima uma receita potencial de 71 milhões de euros para as autarquias, obtidas a partir das competências que passarão a ser asseguradas a nível local. Por exemplo, nas contas do Ministério tutelado por Eduardo Cabrita, as autarquias deverão receber, em taxas de concessão e licenciamento de infraestruturas, equipamentos e apoios de praia, uma verba orçada em 2,7 milhões de euros. Na educação, as receitas com refeitórios são estimadas em 53 milhões.

Somadas as transferências orçamentais a estas novas receitas, o executivo estima que Fundo de Financiamento da Descentralização chegue, no total, aos 960 milhões. Um número abaixo dos 1098 milhões que o ministro tinha já referido no parlamento, um decréscimo que corresponde ao recuo nas três áreas em que já não haverá transferência de competências, e que somadas representam 189 milhões de euros.

Governo e PSD tentam acelerar processo.

Com a sessão legislativa no parlamento já na reta final e dois diplomas essenciais à descentralização - a lei-quadro e a lei das Finanças Locais - ainda por votar, o governo tenta ainda fechar este processo até ao encerramento dos trabalhos parlamentares. Foi com este objetivo que, na última quinta-feira, o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita (que tutela este dossier) reuniu com Álvaro Amaro, o representante do PSD que liderou as negociações com o governo sobre a transferência de competências para as autarquias. Um encontro em que estiveram também presentes os líderes parlamentares do PS e PSD, Carlos César e Fernando Negrão.

Na Assembleia da República estão dois diplomas chave para todo este processo. A lei-quadro da descentralização, que chegou ao Parlamento em março de 2017, e a Lei das Finanças Locais, que foi a debate a 15 de junho último e baixou sem votação, e que praticamente já não tem tempo para a discussão na especialidade. Ao que o DN apurou, tanto do lado do PS, como do PSD, ficou a garantia de que será feito um derradeiro esforço para que a questão da transferência de competências fique fechada ainda nesta sessão. Já o governo comprometeu-se a acelerar as negociações com a ANMP.
«Lusa/DN»

ALPIAGRA 2018


quinta-feira, 28 de junho de 2018

PARQUE DE CAMPISMO DE ALPIARÇA

Reunião da Câmara Municipal de Alpiarça de 25-06-2018

ALPIARÇA: Com estradas que parecem um matagal



"Quero apenas deixar aqui um pequeno desabafo, em relação à imagem e cuidado da nossa Vila (Alpiarça).

Praticamente todos os dias passo na estrada do Campo (ligação Alpiarça - Tapada).

Já alguém reparou no cuidado que a Câmara de Almeirim teve na limpeza das valinhas da estrada na zona que lhe diz respeito? 

Na parte ao qual a Câmara de Alpiarça diz respeito mais que parece um matagal.

Como nos estamos a aproximar de uma época de fogos, não seria importante cuidar das bermas da estrada?

Qualquer ponta de cigarro deitada pelo vidro da janela do carro pode causar um incêndio. Tive a oportunidade de verificar que a Câmara de Almeirim utilizou como trabalhadores, prisioneiros acompanhados por guardas prisionais.

Será que a Câmara de Almeirim tem um protocolo especial com prisioneiros e a Câmara de Alpiarça, como se gosta de valorizar como uma Vila Limpa, cuidada, não tem conhecimento?

Ou não sabemos os nossos limites territoriais?


Só para fugir ao tema Mundial de Futebol, achei pertinente falar sobre o assunto."

«De: João Costa»

quarta-feira, 27 de junho de 2018

ARTIGO DE OPINIÃO: Onde para o verão?


Por: Rodolfo Colhe  


O verão já começou e não da melhor forma pelo menos pela meteorologia, que pode estar a colocar em causa meloais, melanciais, milho e vinhas (entre outros), produtos que em muito contribuem para a economia da nossa zona e que ainda empregam muitas pessoas e espero sinceramente que estes dias não tragam prejuízos graves.

Não é apenas pela instabilidade do tempo que não se percebe a chegada do verão em Alpiarça, afinal consultando a página da Câmara Municipal de Alpiarça há alguma dificuldade em encontrar alguma iniciativa de Verão.

A nível desportivo a CMA está longe de ser activa durante todo o ano, limitando-se a fazer pouco mais do que apoiar logisticamente as não muitas actividades organizadas por outras entidades, não dando sequer grande apoio técnico a alguma iniciativa. No verão era de esperar que esta tendência se invertesse e fossem organizadas iniciativas desportivas condizentes com a época fossem elas de lazer ou de competição. Se o executivo considera que as águas da barragem estão em plenas condições porque não organiza passeios de kayak, gaivota ou paddle surf. Porque não organiza aulas de fitness ao fim de semana ou não volta a organizar um torneio de alguma das variantes do futebol? Não é demasiado difícil, não é demasiado dispendioso e o risco é mínimo, então porque não fazer?

A nível cultural idem, exceptuando os dois certames anuais, a CMA teima em não apresentar actividades para esta época do ano ou quando o faz divulga mal e em cima do acontecimento. Apesar de ser ainda um jovem, ainda me recordo bem dos espetáculos musicais durante o verão onde se reuniam mais de uma centena de pessoas. Nos últimos tempos por via de más opções e de péssima divulgação sempre que existe, nunca o número de pessoas a assistir é similar ao que já foi. Mas não existe necessidade de nos cingirmos a actividades musicais ou afins, porque actividades gastronómicas, festivas ou ligadas a uma qualquer bebida por exemplo de uma Festa da Cerveja ou um fim-de-semana de provas vínicas. Exista imaginação e vontade de fazer e tudo pode acontecer, agora se a imaginação for pouca e a vontade ainda menos, bem nesse caso então será difícil.

Espero estar a falar cedo demais. Já começa a ser tarde para que isso aconteça, espero também que o executivo municipal ouça as propostas que tanto eu como outros cidadãos vão dando e que tenha abertura para as colocar em pratica.

terça-feira, 26 de junho de 2018

"Sábados a Contar" - Junho com Bru Junça



Para o último “Sábados a Contar” desta época, antes de seguirmos para férias, convidamos a  Bru Junça a voltar a Alpiarça, desta feita para nos oferecer toda sua bondade e arte de bem contar. 
 
Não faltem a este “Sábados a Contar” muito, muito especial na companhia da Bru!
 
Para os pais e para os filhos. 
 
Dia 30 de junho, pelas 16h30!


 Bru Junça é uma contadora de histórias natural de Évora que, entre linhas, agulhas, tecidos e palavras, cria um mundo imaginário baseado em contos, lengalengas ou canções da tradição oral. Iniciou a sua atividade como educadora de infância, sempre gostou de contos, de os contar, de os cantar e de os acompanhar à guitarra. Começou a sonhar as histórias em pano e nasceu a Conto por ponto, uma marca registada de livros de pano que “fiam histórias, bordam lengalengas e cerzem cantilenas da tradição oral, ilustrados de uma forma simples, brincando com texturas, cores e padrões de tecidos.”