sábado, 18 de dezembro de 2021

DISCURSO INTEGRAL DE SÓNIA SANFONA, PRESIDENTE DA CÂMARA DE ALPIARÇA, QUANDO DA INAUGURAÇÃO DA 2.º FASE DE REABILITAÇÃO E ADAPTAÇÃO DO MERCADO MUNICIPAL

                         Sónia Sanfona, presidente da Câmara Municipal de Alpiarça

 

 

Exmª Senhora Presidente da Assembleia Municipal,

Exmº Sr. Presidente da Junta de Freguesia,

Exmº Sr. Presidente da Assembleia de Freguesia,

Exmºs Eleitos Municipais,

Exmº Sr. Comandante dos Bombeiros Municipais,

Emº Sr. Comandante do posto da GNR,

Exmºas Entidades convidadas, de entre as quais permitam-me destacar os projetistas – Eng.º Ricardo Vaz e Arqº Pedro Oliveira, e os digníssimos representantes da empresa ECODEMO, e-redes, Aguas do Ribatejo e Teletejo;

Alpiarcenses,

 

Terminadas as obras relativas à 2ª Fase de Reabilitação e Adaptação do Mercado Municipal, não podíamos deixar de assinalar este momento. É, portanto, um dia feliz, em que devolvemos à fruição dos Alpiarcenses e de quem nos visita, um Mercado Municipal totalmente reabilitado e um espaço público renovado e aprazível.

Esta obra, onde investimos globalmente mais de meio milhão de euros, contou com um apoio financeiro da União Europeia de 490 mil euros e com um apoio público nacional que ultrapassou os 80 mil euros, insere-se num conjunto de obras de reabilitação e regeneração urbana, inscritas no Plano de Ação para a Regeneração Urbana de Alpiarça.

A intervenção nesta 2ª fase consubstanciou a reabilitação e adaptação da Galeria Comercial situada no segundo piso do Mercado Municipal e pelo melhoramento e arranjo paisagístico da sua área envolvente, através da melhoria da mobilidade (pedonal e rodoviária), das condições de estacionamento e da criação de uma área ajardinada.

Não obstante as pequenas e pontuais alterações que vieram a fazer-se, no geral, a obra cumpre a visão dos seus projetistas e, mais importante ainda, cumpre o propósito de contribuir decisivamente para a regeneração urbana numa área central da vila, recuperando um edifício histórico e o Largo Dr. José António Simões.

Os objetivos traçados pelo Programa Estratégico preconizam a implementação de estratégias que permitam a reabilitação e requalificação do nosso concelho, numa referência de qualidade pelo seu ambiente, decorrente da valorização sustentada do seu caráter urbano e arquitetónico singular. A valorização do património urbanístico e arquitetónico existente inserem-se num objetivo mais vasto, que comporta um duplo sentido: Por um lado, a preservação do património histórico e cultural do concelho – que constitui uma das nossas maiores riquezas endógenas - promovendo  a valorização do espaço público. Este assume-se hoje como um polo atrativo ligado ao recreio, lazer e consumo, fruto das alterações comportamentais das famílias e da comunidade, em face de um ritmo de vida mais dinâmico e plurifacetado.  Por outro lado, constitui uma importante alavanca e incentivo ao investimento privado na recuperação e reabilitação de edificado, objetivo que, conjuntamente com a  implementação de outras medidas, como sejam a desburocratização administrativa e medidas de incentivo fiscal, se pretende também alcançar.

Foi assim, com base nas premissas de adaptação às novas necessidades, de atualidade e modernização que este espaço nasceu, constituindo-se como um espaço público para as pessoas – dadas as características de acessibilidade, mobilidade, fluidez e transparência, derrubando barreiras arquitetónicas e visuais, oferecendo um ambiente agradável, com vegetação e mobiliário urbano adequado ao espaço e às necessidades de todos, que assegura, simultaneamente um elevado nível de segurança.

 

A reabilitação da galeria do piso 1 do Mercado Municipal, inserida nesta operação de intervenção urbanística reveste-se igualmente, de enorme importância;

Por um lado, porque é o culminar da recuperação integral do edifício do Mercado, que lhe permite, agora, afirmar-se como um novo polo atrativo para o comércio e serviços locais, oferecendo condições de segurança, conforto e adequação ao desenvolvimento de atividades novas, mas também as tradicionais, quer foram resistindo às mudanças sociais que nos impulsionam para as grandes superfícies comerciais, mas que nós queremos e devemos continuar a valorizar. A sua centralidade e a adaptabilidade do próprio edifício, conferem-lhe condições privilegiadas para o exercício de atividades económicas diversas, contribuindo para a sua dinamização.

A implementação do Plano de Revitalização do Mercado Municipal, que estamos a preparar, fechará o ciclo de intervenção global, permitindo devolver esta importante infraestrutura aos Alpiarcenses, preparada para os desafios da atualidade e do futuro.

 

Não posso deixar de referir um importante aspeto desta obra que hoje disponibilizamos à população e aos visitantes do nosso concelho -  a sua localização física, que não pode ser desligada da sua história. A antiga Praça de Jornas, mais conhecida por Praça Velha, assim chamada por ser o local do antigo mercado, onde o senhor discutia o salário ou “jorna” dos trabalhadores rurais e onde se fazia a “molhadura” para selar o contrato de trabalho, realizava-se exatamente neste espaço.

Este facto histórico e a vontade de preservação do nosso património histórico e cultural, material e imaterial, terão, futuramente, uma tradução física neste espaço.

Efetivamente, esta inauguração não tem a solenidade que julgamos merecer a disponibilização desta obra à população. Mas ela ocorrerá.

O município irá desencadear, no início do próximo ano, um processo de consulta à população, no sentido de se pronunciarem sobre o nome a atribuir a esta Praça. Considero que a importância deste espaço, a sua centralidade e, sobretudo a sua ligação à história do concelho e das nossas gentes, justifica que a identifiquemos pelo nome, que conste da toponímica municipal, para o que pretendemos envolver a população nesta escolha, num processo de reforço da participação cívica dos alpiarcenses.

Acresce que, em face da comemoração dos 50 anos do 25 de Abril de 1974, que ocorrerá em 2024, estamos a diligenciar no sentido de associar, desde já, o município de Alpiarça às comemorações nacionais desta data referencial na nossa história como momento fundador da nossa democracia, Teremos, naturalmente, um ciclo de comemorações local, que se iniciará com a constituição de uma Comissão para as comemorações dos 50 anos do 25 de Abril e que se pretende que culmine na inauguração de uma obra escultórica, a colocar neste mesmo local, em homenagem aos resistentes anti-fascistas de Alpiarça.

Não pretendendo menorizar este momento, que reputo de grande importância para Alpiarça, voltaremos a este espaço e a esta obra num momento de importância histórica maior, para perpetuar nas gerações vindouras, a memória do nosso passado, homenageando alguns dos seus protagonístas.

Entretanto, convido todos a fruir este espaço, a dar-lhe vida e movimento e, simultaneamente a preservá-lo.

Aproveito este momento para desejar a todos um feliz Natal e um ano novo cheio de saúde, de esperança e realizações para todos, certa de que todos juntos conseguiremos ultrapassar este momento tão difícil que esta pandemia nos impôs.

 

terça-feira, 14 de dezembro de 2021

Evocação de Carlos de Loureiro Relvas (1884 -1919)


Hoje evocamos Carlos de Loureiro Relvas, no centésimo segundo aniversário da sua morte, ocorrida a 14 de Dezembro de 1919. Carlos de Loureiro Relvas, o segundo filho de José Relvas e Eugénia da Silva Mendes de Loureiro, nasceu a 13 de Dezembro de 1884, na vila da Golegã. Beneficiou de uma educação excecional ministrada por professores particulares, à semelhança de seu pai. Em 1902, viaja para Leipzig, na Alemanha, onde frequenta Curso Superior de Piano.
Distinguir-se-ia como intérprete, participando em inúmeros concertos. Contudo, a partir de 1911, abandona a prática musical profissional para se associar ao pai, na gestão da Casa Agrícola. Continuou a participar nos concertos e nos serões musicais, organizados nos Patudos.
Também apoiou, convictamente, seu pai no domínio da política. Foi ele, por exemplo, quem, juntamente com outros republicanos de Alpiarça, conseguiu avisar José Relvas da contraofensiva monárquica que partia de Santarém a 4 de Outubro, permitindo que fosse alertada a marinha republicana e assim se debelasse essa intentona. Em 1919, chegou a anunciar o seu noivado, no entanto a 14 de Dezembro (um dia após completar 35 anos), suicidou-se com um tiro no peito.
No retrato póstumo pintado por Columbano Bordalo Pinheiro aparece apoiando os cotovelos no seu piano, onde executou trechos dos seus autores preferidos, tais como Liszt ou Beethoven.
Por disposição testamentária este quadro nunca poderá sair do local onde se encontra, junto ao seu piano, no Salão Nobre da Casa dos Patudos.
«CMA»

Governo já atualizou calendário escolar, afetado pelas medidas de combate à pandemia


Governo já atualizou calendário escolar, afetado pelas medidas de combate à pandemia. Consulte-o aqui

 

O Governo confirmou através de despacho em Diário da República o calendário escolar anunciado por António Costa. O primeiro-ministro, quando informou o país de que seriam impostas novas restrições para conter o avanço da covid-19, adiantou que haveria alterações às férias de Natal e de Ano Novo que teriam repercussões no restante ano letivo.
Governo já atualizou calendário escolar, afetado pelas medidas de combate à pandemia.

Com o encerramento forçado das escolas na primeira semana de janeiro — motivado pela prevenção de contactos após o período das festas de final de ano —, o Governo teve de fazer alterações ao calendário escolar. Estas foram confirmadas através de despacho em Diário da República, publicado esta segunda-feira.

Segundo o documento, o Governo considera que "é ainda possível acomodar a suspensão das atividades letivas e não letivas presenciais", pelo que "opta-se por adequar os 2.º e 3.º períodos letivos à referida suspensão" — não avançando, assim, para o ensino à distância.

"O presente despacho procede à alteração do calendário de funcionamento das atividades educativas e letivas dos estabelecimentos públicos da educação pré -escolar e dos ensinos básico e secundário e do calendário escolar para os estabelecimentos particulares de ensino especial", lê-se.
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Assim, conforme é possível verificar, o 1º período acaba a 17 de dezembro e as aulas só serão retomadas a 10 de janeiro. Como consequência deste aumento das férias do Natal, as férias de Carnaval vão resumir-se a um dia apenas — 1 de março —, sendo que o 2º período decorrerá até 8 de abril.

Já a interrupção entre o 2º e o 3º períodos vai ser reduzida para uma semana, entre 11 de abril e 18 de abril. O fim do ano escolar será determinado pelo nível de ensino e pela da realização ou não de exames:

    9.º, 11.º e 12.º anos de escolaridade terminam a 7 de junho de 2022
    5.º, 6.º, 7.º, 8.º e 10.º anos de escolaridade terminam a 15 de junho de 2022
    Educação pré -escolar e 1.º ciclo do ensino básico. terminam a 30 de junho de 2022

O ensino especial segue as mesmas regras do ensino regular, mas com uma exceção formalizada, já que pode "assegurar as atividades letivas em regime presencial no período compreendido entre 27 de dezembro de 2021 e 7 de janeiro de 2022", ou seja, continuar as aulas, mas apenas "mediante solicitação dos encarregados de educação" e "desde que garantidas as condições de segurança necessárias de acordo com as orientações da Direção -Geral de Saúde".

Já as escolas e ensinos de educação pré-escolar de cariz público com "planos de inovação ou no âmbito da medida Calendário Escolar, Domínio + Autonomia Curricular, Eixo Ensinar e Aprender, integrada no Plano 21|23 Escola+" e que "disponham de regras próprias relativas à organização do ano escolar", têm o período de férias de 2 a 9 de janeiro de 2022.

António Costa já tinha adiantado a 25 de novembro, quando comunicou ao país as novas medidas para evitar o aumento de casos e para controlar os contactos após a época de festas, que o calendário escolar sofreria alterações.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

Pequenas “coisas” que fazem “grandes diferenças”


Sònia Sanfona, presidente da Câmara Municipal de Alpiarça

Hoje recebemos na nossa caixa de correio (os alpiarcenses, também) uma “missiva” da Presidente da Câmara Municipal de Alpiarça que demonstra que há pequenas coisas que fazem grandes diferenças.

A “mensagem” que se segue é assinada por: Sónia Isabel Fernandes Sanfona Cruz Mendes, presidente da Câmara Municipal de Alpiarça.

 

“Aproxima-se mais um final de ano e, com ele, uma nova época natalícia. Uma época de fraternidade, de família e, também, de reflexão. Em 2011, o Natal será, ainda, vivido de forma diferente. A pandemia, que nos assolou, veio alterar os nossos hábitos e impor novas e exigentes práticas de proteção e segurança individuais e coletivas. Veio alterar muitos aspetos do nosso dia a dia, mas também fez renascer em nós o espírito de resiliência, de colaboração e de apoio ao próximo. É pois, com este espírito solidário e fraterno, dedicado à família, mas também à comunidade, que deveremos prosseguir hoje e sempre.

O Município de Alpiarça em vindo a atuar de forma empenhada, tentando não só cooperar na mitigação desse inimigo invisível, mas, também, procurando possibilitar que todos os munícipes possam, dentro dos constrangimentos que enfrentamos, manter alguma normalidade na sua vida. Continuamos a implementar medidas de apoio às famílias e empresas do concelho e novas metodologias têm vindo a ser utilizadas na comunicação, procurando manter a proximidade com todos.

Desejo, neste momento, transmitir-vos a força com que acredito que conseguiremos superar esta adversidade. Acredito que devemos olhar para o novo ano que se aproxima com confiança e esperança!

Estou certa  que cada um de nós fará a sua parte em prol do bem comum, e que juntos seremos capazes de cuidar de todos.

Faço votos de que este tempo de reflexão e balanço reforce o que de melhor existe em cada um de nós, o nosso espírito de comunidade e de solidariedade, de modo a que possamos encarar o futuro com otimismo e entusiasmo.

A todos os funcionários da autarquia, que são obreiros nesta missão, a todas as instituições e parceiros, a toda a população, o meu mais sincero e profundo agradecimento.

A todos, desejo um Santo e Feliz Natal e um Ano Novo cheio de esperança, de saúde e de prosperidade!”