terça-feira, 14 de dezembro de 2021

Evocação de Carlos de Loureiro Relvas (1884 -1919)


Hoje evocamos Carlos de Loureiro Relvas, no centésimo segundo aniversário da sua morte, ocorrida a 14 de Dezembro de 1919. Carlos de Loureiro Relvas, o segundo filho de José Relvas e Eugénia da Silva Mendes de Loureiro, nasceu a 13 de Dezembro de 1884, na vila da Golegã. Beneficiou de uma educação excecional ministrada por professores particulares, à semelhança de seu pai. Em 1902, viaja para Leipzig, na Alemanha, onde frequenta Curso Superior de Piano.
Distinguir-se-ia como intérprete, participando em inúmeros concertos. Contudo, a partir de 1911, abandona a prática musical profissional para se associar ao pai, na gestão da Casa Agrícola. Continuou a participar nos concertos e nos serões musicais, organizados nos Patudos.
Também apoiou, convictamente, seu pai no domínio da política. Foi ele, por exemplo, quem, juntamente com outros republicanos de Alpiarça, conseguiu avisar José Relvas da contraofensiva monárquica que partia de Santarém a 4 de Outubro, permitindo que fosse alertada a marinha republicana e assim se debelasse essa intentona. Em 1919, chegou a anunciar o seu noivado, no entanto a 14 de Dezembro (um dia após completar 35 anos), suicidou-se com um tiro no peito.
No retrato póstumo pintado por Columbano Bordalo Pinheiro aparece apoiando os cotovelos no seu piano, onde executou trechos dos seus autores preferidos, tais como Liszt ou Beethoven.
Por disposição testamentária este quadro nunca poderá sair do local onde se encontra, junto ao seu piano, no Salão Nobre da Casa dos Patudos.
«CMA»

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