sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

QUEM NÃO TEM DINHEIRO NÃO TEM VÍCIOS!

Por: Alberto Santos

Depois de ter lido este artigo de opinião sobre ninguém querer tomar a iniciativa de fazer um Debate Sério sobre o Futuro de Alpiarça porque os políticos locais querem é votos e não resolver de verdade os problemas desta terra, chego à conclusão, que afinal a continuar assim, Alpiarça qualquer dia voltará outra vez para freguesia de Almeirim.

Quem escreveu o artigo deve saber do assunto, pois afirma com todas as letras que os problemas de Receitas Próprias em Alpiarça são crónicos e já vêm de antes do 25 de Abril. Dependemos quase em exclusivo da "caridade" do Orçamento de Estado.

E eu que pensava que éramos um concelho rico, porque tínhamos um Museu, prédios a render em Lisboa, uma Cooperativa Agrícola a produzir dos melhores tintos que já bebi, uma Reserva Natural de Cavalos, um Paúl com a maior mancha de Salgueiro Negral da Europa e bicharada que nunca mais acaba, uma Aldeia Palafítica em sofrível estado de conservação, uma Praia Fluvial que é mais ou menos bem frequentada, um Parque de Campismo degradado, mas que funciona, umas boas Piscinas, um portentoso complexo Desportivo com campo relvado e velódromo, uma Nave Desportiva e vários outros pavilhões, uns Bombeiros Municipais, uma Zona Industrial com razoável actividade, um concelho pujante do ponto de vista AgroIndustrial e verifico afinal que o ELO MAIS FRACO é mesmo a Câmara Municipal, sem Receitas Próprias, completamente dependente do OGE e dos Fundos Comunitários e falida, sim só pode estar falida com a dívida de médio prazo que ali revelam e com o passivo de curto prazo a aumentar, como vão aproveitar os Fundos da Agenda 2020 para os próximos anos?

Mas pelo que percebi nas entrelinhas a dívida vem muito de trás e os problemas com os Legados e as suas receitas também já têm barbas brancas e tem havido sempre um conflito latente entre Instituição Relvas e Câmara Municipal, que só teve um interregno, que foi durante o período em o Presidente da Instituição era pai do Presidente da Câmara e a mulher deste era a Directora da tal dita. Nessa altura nem se devia falar de dívidas da câmara à Instituição, pois levantaram-se os tais muros de silêncio.

Pois! Deve ter sido nessa altura que se pediram brutalidades de dinheiro ao BEI - Banco Europeu de Investimento, para pagar as partes não comparticipadas das obras entregues aos amigos empreiteiros, que se fizeram nos tais mandatos socialistas e que se ultrapassaram todos os níveis legais de endividamento e não contentes ainda aderiram ao programa de ficarem a mandar no Agrupamento de Escolas, coisa que o nosso vizinho concelho de Almeirim não quis e que é mais um buraco para resolver, a não ser que venham os tais 3 milhões para obras.

Então e agora?

Sem um debate sério entre Alpiarcenses decentes que queiram resolver os verdadeiros problemas de Alpiarça, vamos ficando entregues aos políticos que com uma mão lavam a outra, que é como quem diz, pedem empréstimos aos bancos para pagar a fornecedores e depois ficam a dever a fornecedores para irem pagando aos bancos.
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