domingo, 11 de dezembro de 2016

ARTIGO DE OPINIÃO: Jovens, currículos e emprego

Por:
Rodolfo Colhe
Presidente da Juventude Socialista de
Alpiarça
É interessante analisar a quantidade de empresas que nos dias de hoje investem em Portugal, empresas internacionais que acham que neste momento o país é propício ao investimento como a mão-de-obra qualificada e não qualificada é muitíssimo boa. Basta olharmos, por exemplo, para o ramo automóvel onde em pouco tempo tanto a Renault e a Autoeuropa investiram milhões de euros no nosso país e criaram mais de 1000 postos de trabalho já para não falar na possibilidade da Tesla que traria muito a Portugal. Em outras áreas como o têxtil e o calçado, o investimento é grande bem como muitas vezes a tecnologia e forma de trabalhar é totalmente portuguesa. A verdade é que estas grandes empresas, muitas vezes tratam os jovens que lhes entregam currículos geralmente de forma correta, uma vez que até por uma questão de marketing lhes convém manter uma boa imagem pública e melhor que a generalidade das empresas de dimensão menor.
Como muitos outros jovens a minha situação profissional atual leva-me à realização da atividade mais frustrante e ao mesmo tempo super importante para as nossas vidas, a entrega de currículos. Quase todas as pessoas passaram por isso uma vez na vida e alguns passam sistematicamente por isso sendo um dos principais problemas e dúvidas se mantém, será que alguém chega a ler o nosso CV? Devemos entregar em mãos ou preferir a via eletrónica? Eu pessoalmente tenho estas dúvidas e opto sempre que possível pela entrega em mão. Não se resolveria facilmente este problema tornando lei a obrigatoriedade de resposta à entrega de CV? Compreendo que da parte das empresas é difícil dar resposta a todos os CV entregues mas não seria possível faze-lo no espaço de um mês? Não vejo porque não. Do ponto de vista de quem entrega uma simples resposta mesmo que negativa deixa a impressão de que pelo menos alguém viu e de que alguém poderá ver e gostar. Aquilo que a minha experiência diz é que muitas vezes a falta de motivação provocada pela falta de respostas é quase tão grande como a provocada por não conseguir emprego. Se juntarmos a isto a necessidade sentida de sair da nossa terra, do sítio onde queríamos estar porque na nossa terra as hipóteses não nos são dadas, as dificuldades tornam-se ainda maiores e mais difíceis de combater.

Acredito que em muitos pontos do país, o paradigma se está alterar e que a contratação não só aumentará, como será conduzida de forma mais clara, com grande tendência à contratação de habitantes do concelho e de preferência jovens que criem ligação à instituição onde estão empregados criando-se através disso empregos de longa duração ao invés de empregos temporários. Veremos quanto tempo irá demorar até Portugal estar ao nível Europeu e Alpiarça estar só ao nível de Portugal.

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