domingo, 4 de dezembro de 2016

ARTIGO DE OPINIÃO: Moralidade, falsa moralidade e o Natal

Por: Rodolfo Colhe
Presidente da
 Juventude Socialista de Alpiarça
A moralidade é talvez o factor mais importante da vida em sociedade e aquele que a mim mais me diz, sendo que moralidade e um velho livro bafiento de boas práticas e costumes não são propriamente a mesma coisa. Conversas sobre a moral e os bons costumes vieram ao de cima com a demissão dos administradores da CGD, por via da necessidade de entregarem a declaração de rendimentos quando isso não era a sua vontade (se o Tribunal Constitucional se pronunciou a favor da entrega então teriam de entregar e pronto). O que me incomoda em todo o processo, é a defesa da moral e dos bons princípios levada a cabo pelas diferentes áreas políticas inclusive alguns “socialistas-caviar”, de forma um pouco dissimulada e sem nunca existir preocupação com o verdadeiro problema que é realmente o estado da CGD. Mas o povo sabe bem quem lhe faz bem e as sondagens têm sido demonstrativas disso porque de falsos costumes estamos todos fartos. Irrita-me profundamente que alguém queira ser duas ou três pessoas ao mesmo tempo, somos grandes defensores dos bons princípios quando nos interessa mas em seguida despimos essa capa e somos apenas outra vez quem somos, se é que me faço entender. Muitas vezes os políticos esquecem-se desta máxima e tentam ser mais que uma pessoa ao mesmo tempo, o político é o político mas a mesma pessoa na função de empregador ou administrador já não é a mesma coisa, fazendo lembrar um pouco aquela frase usada de pais para os filhos “ faz aquilo que eu digo, não faças aquilo que eu faço”. Faz parte da vida aceitar superioridades intelectuais mesmo que não estejam comprovadas. Afinal de contas todos somos susceptíveis de sermos seduzidos pela conversa de outros, agora superioridades morais? Pessoalmente não as aceito de ninguém.
Mas dando um pouco a volta ao texto, uma época de bons princípios aproxima-se, o Natal vem aí apesar de em Alpiarça pouco se dar por isso, e não me refiro à falta de iluminações de Natal, que caso não existissem por impossibilidade monetária seria até de salutar o assumir dessa incapacidade e a sua não colocação. O problema está na falta de iniciativas, essencialmente as de solidariedade social que poderiam ser tanto de âmbito desportivo como associados aos muitos jantares que acontecem nesta fase e neste ponto há que dar os parabéns à CARITAS de Alpiarça por mais uma vez disponibilizarem o seu tempo para realizar uma venda de Natal para angariação de fundos e faço votos para que a população seja solidária e adquiram os artigos lá comercializados. A nível comercial teremos iniciativas de artesanato e de doçaria local, um projecto interessante mas que não tem sido desenvolvido com a qualidade devida. Pelo que sei, a CMA indicou aos comerciantes que decorassem as montras ao invés de promoverem um verdadeiro concurso de montras para que a população fosse envolvida no processo. Espero que pelo menos que Alpiarça não perca o espírito do Natal, que as famílias e os amigos se juntem em longos almoços e jantares bem comidos e bem bebidos de preferência com vinhos de Alpiarça.

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