sábado, 10 de dezembro de 2016

HERANÇA DE FIDEL CASTRO AVALIADA EM 900 MILHÕES




 A revista norte-americana garante que a fortuna acumulada pelo líder cubano, que morreu no dia 25 de Novembro, ascende a 900 milhões de dólares


A revista americana Forbes avaliou esta sexta-feira, 2 de Dezembro, a fortuna de Fidel Castro em quase 900 milhões de euros. Já numa entrevista publicada pela SÁBADO, o antigo guarda-costas do ditador tinha revelado, a propósito da publicação do seu livro La Vie Cachée de Fidel Castro (A vida oculta de Fidel Castro), que "possuía mais de 20 casas, tinha à disposição um iate e passava o Verão numa ilha secreta com heliporto, tartarugas e golfinhos".
A herança do antigo dirigente de Cuba, que se assumia como marxista-leninista, será maior do que a de muitos reis e, de acordo com a Forbes terá aumentado substancialmente nos últimos anos. Em 2003 a revista atribuía-lhe uma fortuna de 110 milhões de dólares, mas em 2012, já tinha sido multiplicada por oito, devido a intervenções em empresas do Estado, o que fazia dele um homem mais rico do que a rainha de Inglaterra.
Cuba negou sempre os valores adiantados pela Forbes e Fidel chegou a desafiar: "Provem-no (...) Se eles provarem que tenho no exterior uma conta de 900 milhões, de um milhão, de 500 mil, de 100 mil, de 10 mil, de um dólar, eu renuncio do cargo e das funções que desempenho".
A Forbes justifica a fortuna acumulada por Castro com mais-valias provenientes de empresas estatais, como a Cimex, que tinha como principal negócio o transporte marítimo e a Medicuba, ligada ao ministério da Saúde e a produtos médicos.
Num trabalho intitulado Na vida extravagante de Fidel Castro, a Forbes diz que foi para a propriedade Punto Cero, com 30 hectares, situada num condomínio fechado de luxo com campo de golfe, que o ex-governante se retirou quando deixou de liderar Cuba, embora sempre tenha dito que apenas possuía uma cabana de pescador.
Além dessa casa, o ditador terá outras três mansões, diz a Forbes, uma delas tem até uma marina privada. Um estilo de vida que se associa ao capitalismo e não ao socialismo que defendia.
Longe da imagem de sacrifício que apregoava publicamente, o homem que gostava de ser visto como o pai da revolução cubana, levava, de acordo com o que o seu antigo guarda-costas, Juán Reinaldo Sánchez, disse à SÁBADO, uma vida luxuosa. Viajava para a ilha privada onde passava férias, Cayo Piedra, em iate privado; em sua casa trabalhavam "três cozinheiros e as refeições eram à la carte, feitas em função do que cada membro da família desejava comer".
«Sábado»

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