segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

ALPIARÇA RECLAMA MAIS MÉDICOS DE FAMÍLIA




Centro de saúde tem apenas três profissionais para mais de 5600 utentes do concelho


A falta de médicos de família é quase uma doença crónica no Centro de Saúde de Alpiarça. O problema arrasta-se há anos. Esta unidade do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) da Lezíria, que nunca teve o quadro clínico totalmente preenchido, tem apenas três profissionais, que gerem um ficheiro com mais de 5600 utentes.
Para os restantes mais de mil utentes que não têm médico de família, sobra-lhes apenas um dia por semana para conseguir uma consulta de recurso com um médico contratado através de uma empresa de prestação de serviços, que presta um número de atendimentos limitado.  A situação anda longe de agradar à população
"As pessoas que têm doenças mais graves queixam-se sobretudo das dificuldades em arranjar consultas", disse ao Correio da Manhã Fernanda Garnel, responsável da comissão de utentes local, sublinhando que são "doentes que deviam ser acompanhados regulamente e não o são". 
A questão das receitas médicas é outra das preocupações da comissão, pois "quem pode, vai ao privado e paga; quem não pode, fica sem os medicamentos", explica Fernanda Garnel. 
"Neste momento, se fosse colocado mais um médico a tempo inteiro, o problema estaria praticamente resolvido", afirma Mário Pereira, presidente da Câmara de Alpiarça, que tem agendada uma reunião com o secretário de Estado da Saúde para discutir esta questão.
A situação atual não está pior graças ao facto de Alpiarça ter sido um dos concelhos pioneiros, em 2009, no acolhimento a médicos de família vindos de Cuba.
«Correio da Manhã»


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