terça-feira, 22 de novembro de 2016

"Sinais" apontam para fim da vaga de emigração portuguesa

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Dados do Instituto Nacional de Estatística mostram que entre 2011 e 2015 saíram, em média, quase 120 mil pessoas por ano.
O secretário de Estado das Comunidades assegura que os dados mais recentes indicam uma estagnação na vontade portuguesa em emigrar.
“Temos previsto apresentar as conclusões desse relatório no final do mês de Dezembro, pelo que não queria antecipar. Contudo, parece haver sinais que nos dão conta de que há, por um lado, uma certa estagnação nas saídas do país e, ao mesmo tempo, outros sinais - embora muito ténues - de vontade de regresso de alguns cidadãos que saíram nos últimos anos”, disse à Renascença José Luis Carneiro.
O secretário de Estado das Comunidades revela este dado no dia em que o Governo assina os primeiros protocolos com juntas de freguesia para a criação de gabinetes de apoio ao emigrante.
Questionado pela Renascença sobre esta matéria, Rui Pena Pires, coordenador científico do Observatório da Emigração, confirma que em 2015 os valores relativos à saída de portugueses para trabalhar no estrangeiro terão estagnado ou diminuído ligeiramente.
“Tudo aponta para uma estabilização do fluxo num patamar muito elevado ou mesmo uma descida se, como tudo indica, a emigração para a Angola, em 2015, já tiver diminuído”, detalha.
Os portugueses estão a emigrar menos, mas o saldo migratório continua negativo pelo quinto ano consecutivo, segundo estimativas do Instituto Nacional de Estatísticas (INE) divulgadas em Outubro.
Portugal acolheu, o ano passado, 29.896 imigrantes, mais 53,2% face ao anterior, mas viu partir 40.377 portugueses para residir estrangeiro, menos 18,5% do que em 2014.
De acordo com os dados do INE, entre 2011 e 2015 saíram de Portugal, em média, quase 120 mil pessoas por ano.
«De:RR»

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