domingo, 20 de novembro de 2016

ARTIGO DE OPINIÃO: Ter opinião mas ter bem

Por:
Rodofo Colhe
Presidente da Juventude
Socialista de Alpiarça
O Outono finalmente está a mostrar-se, e com ele todas as suas particularidades, algumas mais desagradáveis como as estradas inundadas geralmente nos mesmos sítios devido à falta de limpeza dos sumidouros ou valetas, e outras bem mais agradáveis como as castanhas e a água-pé do São Martinho, uma tradição que com o tempo se vai perdendo ao ponto de a sua comemoração já não estar incluída no plano anual de actividades do Agrupamento de Escolas de Alpiarça, sendo hoje menos comemorado do que o Dia das Bruxas. Será, provavelmente, uma evolução dos gostos alimentares das crianças porque antes pediam-se bolinhos no Dia de Todos os Santos, hoje pedem-se doces no Dia das Bruxas. Sempre que destruímos o nosso património imaterial como as comemorações do Dia de Todos os Santos e do São Martinho, estamos a destruir não só a nossa história como estamos a destruir uma parte da nossa educação, mais se agrava o problema quando introduzimos celebrações que não conhecemos verdadeiramente e que levam geralmente a actividades fora de contexto. É preciso ter cuidado com o passado mas nunca podemos esquecer o presente e o futuro, bem como a relação que existe entre os dois. Uma das boas formas de defesa de quem está no poder será sempre não emitir opiniões ou considerações sobre nada, optando por uma postura de “é assim e ponto final”, fugindo de todo e qualquer ruído e falando apenas nos momentos mais complicados onde é impossível fugir. Mesmo nesses momentos a defesa tem tendência a ser dirigida a quem trouxe o tema á baila e não ao próprio problema em si. No meio de toda esta loucura, que se acentua mais na aproximação às eleições, e nesta fase em específico, a escolha dos principais candidatos e formação de candidaturas. Na minha opinião, muitíssimo pessoal, há uma coisa que os principais intervenientes na política alpiarcense muitas vezes se esquecem, os eleitores. Estes querem soluções e não querem mais problemas. Cada um é livre de dar opiniões e deve fazê-lo, não se podendo esquecer que essas declarações o vinculam a algo e que muitas vezes esse algo depois se poderá virar contra eles. Afinal, se usamos a nossa opinião com finalidade política, e eu pessoalmente uso politicamente a minha, está a assumir uma bandeira quando critica sistematicamente algo, e se porventura depois chegam ao poder terão de materializar essa mesma bandeira. Isto não pode ser apenas falar. E com isto não quero dizer que não devemos criticar, é claro que devemos porque afinal há muitíssimo para criticar nos mais variantes quadrantes mas não vale tudo para criticar estejamos no poder ou na oposição. As críticas têm de ser construtivas e ter fundamento, afinal os mais atentos já perceberam que contrariamente ao que acontece nas reuniões de câmara e assembleias municipais, os artigos de opinião e opiniões emitidas nas redes levam muitas vezes a pequenas alterações muitas vezes até mal feitas, mas mais vale pouco que nada, especialmente em determinadas áreas onde o  nada é o normal. Poderão dizer alguns “ mas eles são bem piores” e a isso eu responderia “pois são mas quem faz política num partido consciente e livre como o Partido Socialista tem de fazer as coisas bem”. Todos os Alpiarcenses devem ser críticos em relação à falta de políticas, até podemos falar de inoperância deste executivo, e não ter medo de o dizer porque afinal vivemos em liberdade.
Nunca devemos esquecer que Alpiarça é que conta e é por Alpiarça que temos de trabalhar.

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