A semana passada foi marcada por duas tendências muito diferentes no mercado do petróleo e das divisas. A fricção de forças opostas acabou por provocar uma reação incomum das petrolíferas.
A gasolina e o gasóleo caíram ligeiramente na semana passada, pressionadas pela desvalorização do petróleo e pelo contexto difícil para as matérias-primas nos mercados internacionais. Normalmente, esta variação negativa traria um corte dos preços nos postos de abastecimento, o terceiro consecutivo; no entanto, a decisão foi bem diferente.
Olhando para os preços de hoje, a gasolina sofreu um aumento inferior a meio cêntimo por litro na maior parte dos locais e o gasóleo subiu entre meio cêntimo e um cêntimo, revisões que contrariam os mercados.
Para perceber a decisão das petrolíferas a operar em Portugal, é preciso olhar para os mercados cambiais: a desvalorização imparável do euro face ao dólar, que já dura desde o início desde mês, foi suficiente para anular a queda do gasóleo e da gasolina, acabando mesmo por obrigar as petrolíferas a subir os preços para manter as margens de comercialização.
Ficam assim esquecidas as três quedas das últimas duas semanas, promovidas pelas empresas e pelo próprio Governo através da redução do Imposto Sobre Produtos Petrolíferos.
«NM»
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