segunda-feira, 3 de julho de 2017

ARTIGO DE OPINIÃO:









Por: 
Rodolfo Colhe
Presidente da Juventude Socialista 
de Alpiarça



Cuidar do que é nosso


Na minha humilde opinião, todos temos um pouco a responsabilidade de ser força motriz da sociedade, sendo que os exemplos devem vir de cima.  No meu caso tento fazer aquilo que peço aos outros para fazer e tal como muitos outros jovens que lhes viram serem fechadas as portas do mundo do trabalho em Alpiarça, lá me fiz à vida e lá estou eu a trabalhar na capital, mas como o amor à terra que me viu e vê crescer não esmorece, tento dar um pouco da minha terra a conhecer aos meus colegas, maioritariamente, de grandes cidades. E se os vinhos foram a primeira amostra, o melão veio a seguir. Desloquei-me ao Carril e eis que me deparo com o mercado do melão num estado que, não só em nada o dignifica, como num estado que prejudica a maioria em muito. Todos sabemos que hoje em dia o que conta são os 3 dias de festival onde o que impera são os concertos e a possibilidade de colocar algumas caras na Tv. Mas o melão de Alpiarça é bem mais do que isso, é uma tradição com muitos e muitos anos, é ainda o ganha pão de muitas pessoas e até de muitas famílias completas. Que não haja capacidade para delinear um projeto de apoio aos pequenos produtores, não surpreende ninguém, agora que sejam colocados panos, ainda por cima longe de estarem nas melhores condições presos nas árvores a uns metros de altura de forma a guardar lugares, parece-me no mínimo incrível não nos esqueçamos que estamos a falar de espaço publico. Não creio que iniciativas deste tipo tenham partido da CMA, ou pelo menos não quero crer. Mas afinal que controlo há sobre o parque do Carril? Certo é que em outros anos essa zona até ficava de luzes apagadas enquanto decorria o “Festival do Melão”. E que tal termos uma ideia altamente lunática e passarmos a utilizar o “Festival do Melão” imagine-se para vender melão e o melão? Era mesmo uma ideia lunática ou se calhar era, indiscutivelmente, aquilo que devia ser feito. Mas para isso era necessário que muito atempadamente, talvez até antes de estar a ser arrancado o plástico do ano anterior, já estivéssemos a negociar contratos e/ou parcerias para vender o melão do ano seguinte. Mas como é isso possível se nem conseguimos tornar um espaço naturalmente ótimo e aprazível a vendedores e compradores? O que salva os melões, entenda-se melões e melancias de Alpiarça, é a sua enorme qualidade que advém não só da qualidade superior dos nossos solos como também da enorme experiência dos seareiros. Estaremos nós condenados a ter um “Festival do Melão” já sem melão no concelho? Espero estar só a ser exagerado e muito exigente.



Assim ninguém sai a ganhar


Possivelmente vou-me cansar de bater neste tema e provavelmente vou deixar de falar nele mesmo que continue a fazer sentido falar. Mas será que toda a campanha será marcada por ataques pessoais e por ódios? Tento crer que não, mas não sei se acredito em mim mesmo neste assunto. Atacar só por atacar e defender com mais um ataque não é de todo aquilo que Alpiarça precisa nem pouco mais ou menos. Quando uma pequena imagem provocatória dá origem a centenas de comentários e proposta eleitorais, meia dúzia de likes, significa que o foco está errado.

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