domingo, 22 de janeiro de 2017

ARTIGO DE OPINIÃO: Começa o vale tudo

Por: Rodolfo Colhe
Presidente da Juventude Socialista
de Alpiarça



Tive o prazer de conhecer em 2015 um dos políticos que hoje mais admiro, o actual Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, o Dr. José António Vieira da Silva, numa ação da campanha legislativa com a presença do candidato do PS a Primeiro-Ministro em Almeirim. O camarada Vieira da Silva utilizou a expressão imortalizada pela música do Sérgio Godinho “pode alguém ser quem não é” para se referir ao Primeiro-Ministro na altura, Pedro Passos Coelho. Hoje em dia a pergunta seria, pode alguém ser contra o que tanto queria? Parece que afinal pode, pelo menos no PSD e se estivermos a falar de baixar a TSU para os patrões. Outra questão ao jeito da canção referida, poderia ser “pode alguém ser socialista e de esquerda e ser tão contra o actual governo?” Pelos vistos pode, pelo menos para o Dr. Francisco Assis pode. Discordando muitas vezes dele, mas apreciando o seu jeito de ser, neste momento tenho o mesmo feeling do Miguel Sousa Tavares, António Costa vai tirar um coelho da cartola e resolver o problema da TSU.
A questão é de todo interessante, pode alguém ser quem não é? Pode um não líder passar a ser líder? Pode um mau líder passar a ser um bom líder? Ou pode alguém que nada foi tornar-se um expert em quase tudo? E atenção, há pessoas que apesar da sua falta de notoriedade na sua terra até fizeram muito na sua vida profissional, já outros, provavelmente, não foram nem serão, não me refiro a ninguém em especifico, mas muita gente cai neste grupo. Pessoalmente não acredito que qualquer uma das respostas fosse positiva até porque quem não possui essas capacidades não possui capacidade para mudar. Mas isto talvez seja só o meu jeito negativista a vir ao de cima.
Esta semana a luta começou e começou forte diria eu, pelo menos na intensidade assim ao jeito de um jogo de futebol da 3º divisão inglesa, com muita agressividade e pouca qualidade. Foi também a semana do despertar do anonimato e posso dizer que o anonimato puro por parte de quem quer participar mas sem grande exposição parece-me normal e até saudável. Já o uso do anonimato por fervorosos e públicos apoiantes de partidos e por quem pratica política activa merece da minha parte o maior e o mais total repúdio. Ainda por cima, muitas e muitas vezes é bastante fácil perceber quem são os autores e o porquê dos seus comentários. As eleições não serão só marcadas por histórias tristes, pelo contrário espero que sejam marcadas pelo espírito e vontade de mudanças das pessoas comuns que não possuem filiações nem ligações partidárias e apenas querem que a terra em que vivem mude drasticamente e para melhor. É claro que os responsáveis pela criação desse sentimento são os partidos e as suas candidaturas com a sua capacidade ou incapacidade de serem inclusivas, daí ser cedo ainda hoje para dizer até que ponto esse sentimento se irá sentir na nossa terra.
Uma coisa é certa, Alpiarça precisa claramentede mais e de melhor, de mais qualidade, de mais tranquilidade, de mais trabalho e inclusive até de mais ambição. As condições estão cá, resta quem as consiga aproveitar.


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