segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Já cheira a “Autárquicas” e começam as discussões de "lana caprina" e quem errou "sacode a água do capote"

Por: E.A.T.R.
Os artigos de opinião valem o que valem e em casa onde não há pão todos ralham e ninguém tem razão.

Vem isto a propósito de um artigo “assinado” por um tal V.R.V. , no qual critica o atual Presidente da Câmara de argumentar fracamente a incapacidade do executivo CDU em se igualar a outros executivos PS, no que toca a fazer obras. E das duas uma, ou este senhor V.R.V. não é de Alpiarça, ou então é altamente tendencioso, para o lado da barricada que lhe convém.

Vamos por partes:

1.º - Já ouvi várias vezes o actual presidente da câmara, alegar que respeita e aceita grande parte da obra feita nos mandatos socialistas, até porque ele próprio foi vereador da oposição e aprovou algumas obras e até alguns financiamentos, o que não aceita é o brutal endividamento que foi legado para o futuro;

2.º – O que eu sei e também não concordo em absoluto, é que o PS tenha enveredado por um caminho de endividamento, à razão de 1 milhão de euros por ano, tendo daí resultado uma dívida de mais de 13 milhões de euros, não respeitando sequer os limites de endividamento legalmente exigidos e ocultando dados até para as autoridades centrais sobre os mesmos. Essa dívida existia, deverá estar registada em Contas de Gerência e Orçamentos e tem RESPONSÁVEIS, que deviam era estar CALADINHOS, e que obrigou à negociação de um Plano de Saneamento Financeiro, no qual foram convertidos créditos de curto prazo de 6 milhões de euros (leia-se dívidas a fornecedores e empreiteiros), em que foi pedido um empréstimo a uma entidade bancária e a pagar em 10 anos.

3.º – Não sou advogado nem defensor oficial dos comunistas, o que eu sei é que quer fossem comunistas, fossem socialistas, independentes, centristas, ou social-democratas, fosse qual fosse a equipa que fosse governar a Câmara de Alpiarça, teria de tomar uma decisão e resolver o GRAVISSIMO problema financeiro que lá deixaram. É sabido que havia penhoras de bens, como autocarros e camiões do lixo, que havia cortes nas verbas transferidas do OGE e fosse quem fosse tinha uma Câmara e todos os serviços envolvidos para gerir, bem como mais de 2 centenas de vencimentos mensais de funcionários (da câmara e escolas) para pagar.

4.º – Claro que agora, decorridos quase 2 mandatos de comunistas e em que a dívida total vai passar de 13 para 8 milhões de euros, os ataques mesquinhos começam e quem cá esteve parece esquecer-se da borrada que fez. Agora já vêem o barco a vencer a tempestade e querem tomar conta do leme, mas quando a tempestade era forte abandonaram o barco à sua sorte.

5.º – Aliás, este tipo de artigos não me espantam, são “copy and paste” de artigos de opinião de outros “opinion maker” a nível nacional, em que entram para o governo os socialistas e atiram culpas para os sociais-democratas, depois entram os sociais-democratas e dizem cobras e lagartos dos socialistas, mas entretanto a dívida nacional aumenta, aumenta e aumenta. Mas um facto indesmentível é que a DÍVIDA DE ALPIARÇA BAIXOU, OS FUNCIONÁRIOS E FORNECEDORES RECEBERAM O QUE LHES PERTENCIA E OS JUROS E AMORTIZAÇÕES SÃO PAGOS E CUSTAM 1,3 MILHÕES POR ANO;

6.º – Quem seja verdadeiro socialista deve fazer uma retro e introspetiva e tomar consciência que nem todos os 3 mandatos socialistas foram iguais. Devem ver em qual dos 3 mandatos se fizeram mais obras e em quais se fizeram poucas e em que dívida aumentou brutalmente e quem abandonou o barco de forma definitiva, uns foram para o Turismo e outros para empresas municipais de Lisboa. Pagar as dívidas que fizeram, isso é que nem pensar.

Concordo plenamente que seja quem for deve falar da dívida herdada porque ela é de facto um factor determinante e condicionante de toda e qualquer gestão gestão autárquica, seja quem for que estiver à frente da gestão da câmara de Alpiarça ou de outra qualquer.

Aliás, há quem faça por esquecer, mas eu lembro-me bem que um funcionário da câmara de Alpiarça na altura, desabafou e chamou a atenção num artigo de opinião escrito num semanário regional, para o desastre económico em que poderíamos cair sobre o facto da gestão socialista se estar a endividar ao ritmo de 1 milhão de euros por ano e esse funcionário, embora vivamos num regime de livre liberdade de expressão, foi alvo de um processo disciplinar e DESPEDIDO. 

Isso será mentira? O artigo existe e tem data de publicação.

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