A oposição na Assembleia
Municipal de Alpiarça (PS e TPA) apresentou um requerimento para a convocação de
uma sessão extraordinária da Assembleia
Municipal para pedir a destituição do presidente da mesa das assembleia municipal de
Alpiarça.
Tendo em atenção o objectivo
da convocação e das consequências daqui advindas ‘Noticias de Alpiarça’ contactou Fernando Louro, Presidente da
Assembleia Municipal de Alpiarça e Mário Pereira, presidente da Câmara de
Alpiarça que nos deram as seguintes opiniões:
A opinião de Fernando Louro, presidente da Assembleia Municipal
“Francisco Cunha (TPA) e João do Céu (PS) entregaram na 5ª feira um
requerimento a pedir a realização de uma Assembleia Municipal Extraordinária.
Em meu entender, e acredito que para os Alpiarcenses mais atentos, é notório
que se trata de uma manobra de diversão e de distração.
Nos últimos tempos tem-se falado muito da possibilidade de determinado
político local que me dispenso de enunciar o nome, por ser do conhecimento de
todos, poder perder o mandato, pelo facto de estar insolvente, e como tem sido
considerado pelos Tribunais, quem não está capaz de gerir os seus próprios
bens, também não será competente para gerir o bem comum.
E a melhor maneira de fazerem esquecer esta situação de perda de mandato
é falarem de outra, da destituição do Presidente da Assembleia Municipal de
Alpiarça.
Logo na 6ª feira li o documento, despachei, e indeferi o pedido, pelo
facto de não cumprir com os requisitos legais e regimentais.
Admito que não tenham conseguido obter o número de assinaturas
suficientes para eu poder homologar o requerimento, e arriscaram mandar o barro
contra a parede, para ver se pegava.
Mas na verdade eu não tenho grandes dúvidas de que os requerentes sabiam
bem aquilo que estavam a fazer, e não serei eu a passar-lhes um atestado de
ignorância ou incompetência.
O que eles pretendiam mesmo era criar mais um facto político,
artificial, e continuarem a acusar-me de falta de democracia e prepotência.
A sua própria mensagem publicada aqui no “Notícias de Alpiarça” no final
dizem….”Ficamos na expectativa que a lei seja cumprida e que Alpiarça se
mantenha como uma vila e um concelho onde a democracia seja efetivamente
praticada, TPA”.
O que é isto se não o mesmo que dizer… se o Presidente da Assembleia não
fizer aquilo que nós dissemos para ele fazer, é porque não está a cumprir com a
lei.
Olhem os democratas!
Pelo menos fiquei satisfeito numa coisa, se querem que Alpiarça se
mantenha como uma vila e um concelho onde a democracia seja efetivamente
praticada, e como Alpiarça tem sido gerida pela CDU nos últimos sete anos,
significa, se ainda sei ler, que tem sido gerida democraticamente, até por mim,
nos últimos três anos. Excelente! Bem diferente daquilo que vêm apregoando
sistematicamente.
A verdade é que o seu objetivo é que este circo continue a prolongar-se
no tempo, para não se falar de outras coisas, essas sim, bem mais graves.
Óbvio que se o requerimento estivesse conforme o exigido pela lei, a
Assembleia Extraordinária seria realizada, a proposta deles seria chumbada, já
que por vontade dos Alpiarcenses, eles são uma minoria na Assembleia Municipal,
e assim deixavam de poder continuar com a brincadeira.
Pelo menos com esta brincadeira, porque são talentosos, e logo arranjarão
outra, como tem sido apanágio desde o primeiro momento.
O que espanta aqui não é este comportamento, o que me espanta é o
Partido Socialista.
Nada tenho contra, nem a favor, o PS e o TPA (PPD-PSD-MPT) poderem
aparecer coligados numas próximas eleições. Para mim isso é completamente
indiferente.
Mas esperaria que o Partido Socialista como grande partido que é, com
tradições nacionais e locais, fosse o motor dessa eventual coligação, mas não,
estão a ir atrás do Francisco Cunha e do pessoal do TPA.
Mau sinal, para eles próprios, que estão em contra ciclo com a
atualidade e com o PS nacional.
O requerimento apresentado conta com a assinatura de quatro deputados
municipais, um do PS e três do TPA (PPD-PSD-MPT).
Elucidativo.
Agora, como aliás também tem sido uma norma, irão aparecer os habituais
comentadores, sempre os mesmos, destilando ódio contra a CDU, e agora pondo-me
mais uma vez como alvo, absolutamente carentes de isenção e rigor, e alguns
sendo lobos, vestem a pele de cordeiros, facto que os poderia tornar mais
perigosos, se não estivessem tão desacreditados.
Para mim isso apenas pode significar que estou a cumprir bem com as
minhas funções, o que não lhes agrada, por isso me atacam, tal como atacam o
Presidente Mário Pereira.
Se os requerentes resolverem a ilegalidade do pedido de convocatória que
apresentaram, a Assembleia Extraordinária será marcada para o início do mês de Novembro, mesmo que isso possa custar algum dinheiro ao erário do Município,
inutilmente, precisamente no mesmo mês em que se vai realizar uma Assembleia
Municipal Ordinária, obrigatória.
Mas isso para eles não tem importância, porque não iria provocar o ruido
que provoca desta forma.”
A
opinião de Mário Pereira, presidente da Câmara de Alpiarça
Uma proposta burlesca
“O
Presidente da Câmara não é membro da Assembleia Municipal e, por isso, não
interfere nas decisões desse órgão autárquico. No entanto, e dada a natureza e
o burlesco dessa proposta, não posso deixar de lembrar os seus autores que o
Carnaval é em Fevereiro.
O
Dr Fernando Louro é o Presidente da Assembleia Municipal porque encabeçou a
lista da CDU que venceu as eleições autárquicas com mais de 53% dos votos da
população de Alpiarça e obteve também a maioria absoluta dos votos na eleição
da Mesa.
E
mais: o Dr Fernando Louro tem exercido as suas funções com total empenhamento,
com total seriedade e com lealdade institucional, no respeito absoluto pelos
interesses da população que o elegeu.
E
mais ainda: o Dr Fernando Louro tem atrás de si um percurso de intervenção
cívica e politica, de há muitos anos, que o dignifica e prestigia o órgão
municipal.”
Por: A.C./NA
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