Por: Rodolfo Colhe Presidente da Juventude Socialista de Alpiarça |
Portugal na liderança
Confesso
que cada vez mais fico surpreendido com a capacidade que os portugueses têm de
se superar e de atingir feitos que são à partida para os outros, mas nós
conseguimos superar tudo quando estamos focados. Podia estar a falar de mais
uma Bola de Ouro ganha por Cristiano Ronaldo ou por se ter tornado o 1º jogador
da história a marcar em todos os jogos da fase de grupos da Liga dos Campeões,
mas não era a esse craque nem a esse Ronaldo que me referia, falo sim do
Ronaldo das finanças.
A
alcunha segundo alguns foi colocada em tom de gozo, mas sinceramente não acho
que isso seja importante, nem foi sequer a primeira vez que foi gozado,
lembro-me facilmente do riso de Pedro Passos Coelho na estreia no Parlamento ou
da forma como Marques Mendes ridicularizou a possibilidade de Mário Centeno ser
equacionado para a Presidência do Eurogrupo (se for um indivíduo correcto irá
com certeza pedir desculpas e admitir que foi incorrecto, veremos se é homem
para isso).
O
mais concreto no meio de todo o ruído é que um ministro de Portugal, de um
governo de esquerda, suportado por partidos à sua esquerda consegue liderar um
órgão europeu que deve ter relevância. E isto não se consegue aparecendo em
directo com alguém a desfazer-lhe a barba, isto consegue-se com base em
trabalho e em resultados. Trabalho realizado em prol do nosso país mas também
com muito trabalho de casa feito com os parceiros europeus que têm na minha
opinião vindo a ser conquistado com as eleições de António Costa e Carlos César
para órgãos internacionais. E é importante que se diga que António Costa tem
uma elevada percentagem do mérito da eleição de Centeno. Acredito seriamente
que apesar de estarmos novamente debaixo do foco de atenção da Europa esta
eleição só pode ser óptima para o nosso país mas também para a própria Europa
que precisa de novas ideias e de novas caras na liderança, sendo indispensável
que deixe de ser gerida exclusivamente pela vontade de dois ou três países e
passe a ser gerida com vista ao melhoramento de toda a Europa e ao encurtamento
de diferenças.
Vivemos
momentos altamente conturbados à escala mundial, o risco de guerra e posteriormente
de crise aumentou e caso não se atinjam consensos vai aumentar ainda mais nos
próximos tempos. É imperativo que todas as lideranças sejam elas nacionais ou
internacionais tenham em conta o actual momento, deve ser um enorme orgulho
para qualquer português ter compatriotas em lugares de enorme importância,
ainda mais para aqueles que, como eu, são socialistas.
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