domingo, 10 de dezembro de 2017

ARTIGO DE OPINIÃO: Portugal na liderança

Por:
Rodolfo Colhe
Presidente da Juventude Socialista
de
Alpiarça
 

Portugal na liderança

Confesso que cada vez mais fico surpreendido com a capacidade que os portugueses têm de se superar e de atingir feitos que são à partida para os outros, mas nós conseguimos superar tudo quando estamos focados. Podia estar a falar de mais uma Bola de Ouro ganha por Cristiano Ronaldo ou por se ter tornado o 1º jogador da história a marcar em todos os jogos da fase de grupos da Liga dos Campeões, mas não era a esse craque nem a esse Ronaldo que me referia, falo sim do Ronaldo das finanças.
A alcunha segundo alguns foi colocada em tom de gozo, mas sinceramente não acho que isso seja importante, nem foi sequer a primeira vez que foi gozado, lembro-me facilmente do riso de Pedro Passos Coelho na estreia no Parlamento ou da forma como Marques Mendes ridicularizou a possibilidade de Mário Centeno ser equacionado para a Presidência do Eurogrupo (se for um indivíduo correcto irá com certeza pedir desculpas e admitir que foi incorrecto, veremos se é homem para isso).
O mais concreto no meio de todo o ruído é que um ministro de Portugal, de um governo de esquerda, suportado por partidos à sua esquerda consegue liderar um órgão europeu que deve ter relevância. E isto não se consegue aparecendo em directo com alguém a desfazer-lhe a barba, isto consegue-se com base em trabalho e em resultados. Trabalho realizado em prol do nosso país mas também com muito trabalho de casa feito com os parceiros europeus que têm na minha opinião vindo a ser conquistado com as eleições de António Costa e Carlos César para órgãos internacionais. E é importante que se diga que António Costa tem uma elevada percentagem do mérito da eleição de Centeno. Acredito seriamente que apesar de estarmos novamente debaixo do foco de atenção da Europa esta eleição só pode ser óptima para o nosso país mas também para a própria Europa que precisa de novas ideias e de novas caras na liderança, sendo indispensável que deixe de ser gerida exclusivamente pela vontade de dois ou três países e passe a ser gerida com vista ao melhoramento de toda a Europa e ao encurtamento de diferenças.

Vivemos momentos altamente conturbados à escala mundial, o risco de guerra e posteriormente de crise aumentou e caso não se atinjam consensos vai aumentar ainda mais nos próximos tempos. É imperativo que todas as lideranças sejam elas nacionais ou internacionais tenham em conta o actual momento, deve ser um enorme orgulho para qualquer português ter compatriotas em lugares de enorme importância, ainda mais para aqueles que, como eu, são socialistas. 

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