domingo, 11 de junho de 2017

ARTIGO DE OPINIÃO: Vitórias que sabem a pouco e derrotas que sabem a muito

Por:
Rodolfo Colhe
Presidente da Juventude Socialista
de
Alpiarça


Vitórias que sabem a pouco e derrotas que sabem a muito

Esta semana ficou marcada por dois nomes, Theresa May e Jeremy Corbyn e pelas suas vitórias que sabem a derrotas e derrotas que sabem a vitórias. No caso da primeira, a sua vitória tratou-se de uma derrota na realidade, uma vez que vem demonstrar que a sua postura e governação já não reúnem um consenso suficiente para atingir uma maioria. No caso de Jeremy Corbyn, a sua derrota tratou-se de uma vitória porque impediu a maioria de May. Aquilo que nos chegou sobre estas eleições foi, principalmente, o combate ao terrorismo e o Brexit mas apesar disso foi outra proposta que me chamou a atenção, e veio de Corbyn com a sua proposta de propina zero. Em Portugal quando falamos disto não passamos de uns idealistas, mas parece que não somos apenas nós que temos esse objetivo. Outra das notas importantes que temos de tirar destas eleições prende-se com o facto de que os partidos socialistas, sociais democratas e trabalhistas que a dada altura renegaram um pouco a sua matriz fundadora e que agora voltam novamente a ela, conseguem melhorar os seus resultados enquanto que os que apostam em estar sempre ao centro ou que deslizam para o quadrante que não é o seu, tendem a afundar-se e temos já vários exemplos disso por este mundo fora.

Pré-campanha já passou, agora é a doer


Agora estamos mesmo em campanha, o atual presidente já é candidato, o PSD entrou em campanha mais cedo e o PS apresentou os seus candidatos. As escolhas estão feitas e através das listas percebe-se um pouco daquilo que são as ideias. O que muda, o que não muda, o que cheira a velho e o que cheira a novo, muita coisa está já à nossa vista. Quanto a propostas, elas também vão aparecendo com poucas novidades por agora, quem conseguir ser mais credível nas suas propostas e ao mesmo tempo ter propostas que as pessoas sabem que precisam (o passo seguinte é mostrar que precisam de mais do que aquilo que pensam que precisam) e que acreditem que serão executadas pois só a resolução dos problemas primários da Vila pode abrir o caminho a algo mais. Faltam menos de 4 meses e a campanha vai ser dura e para algumas pessoas vai doer até porque a dada altura acredito que se jogará com canelas até ao pescoço. Espero, sinceramente, que Alpiarça saia a ganhar com esta campanha e que quem tem opção de escolha e escolhe viver nesta terra, tenha uma vila de qualidade para morar.

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