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| Por: Rodolfo Colhe Presidente da Juventude Socialista de Alpiarça |
Uma grande percentagem da população portuguesa interessa-se pelos acontecimentos desportivos e por tudo o que se passa à volta dos seus intervenientes, dos golos, dos novos carros dos atletas, contratações, passando pelas arbitragens e tanta coisa mais. O desporto e a actividade física marcam, de forma mais ou menos intensa, um lugar na nossa vida e na minha opinião é uma pena que a actividade física não ocupe um lugar mais dominante e entenda-se actividade física pela prática desportiva sem fim competitivo com objectivos lúdicos e de saúde.
Como em tudo, devemos olhar para dentro e perceber, qual o lugar ocupado pelo desporto no nosso concelho. Ao nível das infra-estruturas, o nosso concelho está bem servido, é um facto, apesar do seu grau de conservação estar longe de ser o melhor. O caso mais gritante é o estado dos balneários, tanto do Estádio Dr. Raul José das Neves como dos balneários do Complexo Desportivo uma vez que estes não reúnem as condições de higiene e conforto necessárias para além de que é uma péssima imagem de Alpiarça que passa para as equipas visitantes. Mais grave é o facto de esta questão já ter sido falada numa reunião da CMA, com a bola a ser chutada para canto pelo executivo em funções. Em relação ao relvado sintético, do estádio Dr. Raul José das Neves, compreendo as dificuldades monetárias mas parece-me não reunir totalmente as condições de segurança e deve sofrer uma vistoria técnica de forma a assegurar se está ou não em condições. Olho, neste momento, com apreensão para o início da época desportiva em Alpiarça, nomeadamente para a modalidade de futebol que se encontra com dificuldades não só a nível directivo como no número de atletas para poder ter equipas de futebol de 11 na formação, situação que tenho esperança que se possa resolver, pois era uma grande perda para o nosso concelho. Infelizmente mais uma época começa e o futebol sénior não volta a Alpiarça. Quem, como eu, ainda se lembra das centenas de pessoas que iam ao estádio apoiar e conviver ou até exclusivamente pelo convívio, percebem a falta que essa equipa nos faz. É com muita pena que me apercebo, que mais uma vez não existirá nenhuma modalidade colectiva feminina em Alpiarça, e nesse ponto culpo a CMA por não iniciar essa modalidade através dos seus técnicos em colaboração, caso possível, com os Professores do Desporto Escolar e AEC sendo depois essa modalidade transmitida para um clube ou associação.
Possuímos infra-estruturas desportivas artificiais e naturais, bons atletas, uma população entusiasta, então o que falta ao desporto em Alpiarça?
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