sábado, 30 de março de 2019

OS “RATOS DA MINHA RUA” PORQUE A MINHA RUA JÁ NÃO É O QUE ERA…




A minha rua já não é o que era.

Na minha rua estão trinta e uma  casas desabitadas e algumas completamente abandonadas.

Dias da semana há em que a minha rua parece uma “cidade deserta”.

Os políticos da minha terra deram cabo da minha rua.

Em vez de desenvolver a terra da minha rua conseguiram acabar com quase tudo o que de bom tinha a minha terra.

Dia após dia a minha rua está a finar.

A minha rua dantes tinha:

uma espingardaria,

tabernas,

jardim público que até tinha baloiços para as crianças se divertirem,

casa de banho pública,

casas agrícolas,

vacarias,

serragem,

barbeiros,

talhos,

sapateiros,

oficinas de bicicletas,

alfaiates,

agricultores,

peixaria,

lojas de roupas,

comerciantes e negociantes,

uma misericórdia onde se cuidava e alimentava gratuitamente dos pobres e, onde nasceram muitas crianças,

E outras coisas mais.

Hoje contam-se pelos dedos de uma mão os estabelecimentos que estão em funcionamento.

Os que teimam em continuar com a porta aberta deviam merecer uma “medalha”.

Na minha rua, houve durante décadas e décadas “Cortejos das Vindimas”.

Na minha rua realizava-se a “Festa da Vindima”

E na minha rua até havia casas agrícolas que pela altura da vindima tinham “Barrões” e “Barroas”,

aos fins de semana os agricultores permitiam que houvesse  “Bailes de Barroas”.

Hoje a minha rua está impregnada de política e de incompetência cujos políticos não conseguem inverter este marasmo e esta decadência.



Há dias que a minha rua tem com passeantes “ratos do tamanho de um coelho” que teimam em atravessar a rua, sem permissão de quem quer que seja, em busca de comida ou de algo esquecido nas casas que estão desabitadas e abandonadas.

Pobre rua a minha,

Pobre terra a minha que merecia melhor.

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