segunda-feira, 26 de março de 2018

ARTIGO DE OPINIÃO: Comemorar para não esquecer

Por:
Rodolfo Colhe
Presidente da Juventude Socialista
de
Alpiarça


Comemorar para não esquecer

A última semana foi rica em comemorações mundiais, Dia Mundial da Poesia, Dia Mundial da Agua, Dia Mundial da Floresta, Dia Nacional do Estudante e já se iniciaram as comemorações do Dia Mundial do Teatro, a comemorar no próximo dia 27 de março. Várias comemorações de características diferentes, que muito dizem a uns e pouco a outros, mas que tem todos a sua importância. No caso do Dia Mundial da Poesia serve para relembrar ao grande público que esta bela arte está viva. No caso do Dia Mundial do Teatro, uma arte que me parece ter neste momento e, ainda bem, uma enorme aceitação por parte do público ainda que principalmente nas grandes cidades serve particularmente para que as autarquias e demais entidades levem o teatro aos centros mais pequenos onde, infelizmente, a oferta é baixa em quantidade e pouco regular.
Mas se a arte tem uma enorme importância para a qualidade de vida e visão do mundo, a água e a floresta tem uma grande importância para a nossa sobrevivência. Centrando-me na água, este recurso que é o suporte de toda a vida, a sua comemoração é de todo importante, mas a sua gestão é de todo bem mais importante, gestão essa que deve ser feita por todos, mas como sempre os exemplos devem vir de cima. Se ao nível do governo a preocupação tem sido enorme tendo sido colocadas na rua campanhas de sensibilização para a poupança da água, da parte das autarquias no geral estando a de Alpiarça também incluída nesse lote, a preocupação não só não é grande como não são visíveis medidas que visem modificar os graves problemas de gestão de recursos hídricos que as autarquias têm. Se determinadas questões só poderiam ser solucionadas com medidas relativamente caras apesar de recuperáveis a médio-longo prazo, como seriam a colocação de torneiras de baixo consumo de água ou medidas similares, outras medidas partem em grande parte da vontade e consciência, como é o caso das regas. O caso específico das regas é de todo intolerável na minha óptica, com especial ênfase nos jardins a serem regados em dias de chuva e nas rotundas com água a correr para a via pública. Estes dois casos são gravosos de diferentes formas pois não só gasta água de forma estúpida como se está a danificar os jardins e possivelmente a criar problemas rodoviários e como é óbvio está-se a dar um mau exemplo. Como infelizmente em muitos casos isto não vai lá só com palavras, mas actos e denúncias por parte da população, mas também de multas e de ações do estado sobre as autarquias consideradas más gestoras da água. Em 2017 sentimos fortemente os efeitos da seca, mas se não fizermos nada para mudar essa seca será o estado de normalidade e a vida como a conhecemos pode ser significativamente alterada. 


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