terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Quem cala, consente

Mário Santiago


Quando em 2009 o PS perdeu as eleições em Alpiarça, Alpiarça encontrava-se confrontada com um ENDIVIDAMENTO de 13 milhões de euros e filas de fornecedores à espera de pagamento. Quando ninguém arriscava dizer que fazer pior seria impossível, o PCP encarregou-se desde aí em transformar Alpiarça no PIOR município português no que respeita ao INVESTIMENTO e com graves problemas de equilíbrio orçamental.
Isso mesmo, entre 308 municípios, não houve pior em todo o território português, continente e ilhas! Dados do Tribunal de Contas relativos a 2016:
ü  1º Município com menor INVESTIMENTO.
ü  9º Município de Portugal com MAIOR DESEQUILIBRIO ORÇAMENTAL.
ü  9º Município com MENOR VOLUME DE DESPESA PAGA
Como consequência desta gestão ruinosa por parte do PCP, o IMI para 2018 terá um aumento de 40%. (com abstenção dos vereadores socialistas). Assim, quem tem casa própria em Alpiarça, irá pagar mais 40% de IMI no próximo ano (e certamente, nos seguintes).
Ter casa em Alpiarça, representa por isso mesmo, um encargo fiscal proporcionalmente maior do que morar em:
  • Lisboa
  • Oeiras
  • Cascais
  • Porto
Quanto à abstenção a este aumento por parte dos vereadores socialistas Sónia Sanfona e António Moreira, existe um provérbio que lhes cola na perfeição:“Quem cala, consente”
Mas há quem se sinta revoltado pelos vereadores socialistas não tenham em sede própria feito valer os seus argumentos no sentido de evitar a qualquer custo um aumento desta magnitude. Não votaram contra, não se pronunciaram contra, e para que se seja inteiramente justo para com eles, fizeram o que era correto como legítimos herdeiros da gestão socialista até 2009. Quem, em 2009, deixou o concelho no estado miserável em que se encontrava do ponto de vista financeiro, não tem agora moral para votar contra a proposta comunista. Por isso, não foram hipócritas.
Foi, no entanto, catastrófico para todos os alpiarcenses, que nem Sónia Sanfona nem António Moreira tivessem esgrimido argumentos para evitar que a atual proposta fosse levada a votação na Assembleia Municipal, porque aí já seria (e foi) tarde.
Para terminar, não deixa ainda de ser uma curiosidade que no momento em que as coligações apoiadas pelo PSD (as verdadeiras oposições no concelho) deixaram de ter representação na vereação alpiarcense, o executivo comunista tenha sentido o caminho livre para finalmente propor este brutal aumento de impostos.
«Rede Regional»

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