Por: Rodolfo Colhe Presidente da Juventude Socialista de Alpiarça |
Estamos
a aproximar-nos do final de 2017 e o normal em todos os indivíduos é fazer a
retrospectiva daquilo que foi o seu ano, apesar disso ainda não é hoje que vou
fazer essa retrospectiva, vou sim falar de dois anos de governação olhando para
os últimos dias.
Nos
últimos dias o governo tem sido alvo de pressões constantes de vários
sindicatos, entidades agregadores de empresas do sector privado e de diferentes
sectores da função pública, e isso é o reflexo da boa governação. Se o actual
governo não tivesse devolvido às pessoas o que era delas, hoje não
assistiríamos a tantas reivindicações, algumas legítimas outras nem um pouco. A
verdade e custa-me dize-lo, é que determinadas classes que foram absolutamente
desrespeitadas deveriam ter muito mais consciência social e perceber que não
será possível devolver tudo num dia, mas mais do que isso deveriam perceber que
estão a ser arma de arremesso de quem tudo lhes tirou contra quem lhes devolve
uma grande parte do que perderam, e sinceramente acho que quem tem
responsabilidade nessas classes deveria ter a coragem de o dizer e de
demonstrar que não estão ao serviço de nenhum partido e mais até que não usam
as instabilidades políticas para prosperar.
Para
2017, pedi humanismo e respeito pelos outros, algo que sinto que muitas vezes
falta e que, sinceramente, acho que não estamos a conseguir recuperar ao ritmo
necessário e é importante que quando se reivindica se tenha esse respeito e
noção de que o país não é para uns ou para outros mas para todos e que é de
todo impossível dar a todos o que pedem. Eu também gostava de receber mais como
todas as pessoas no mundo mas isso não pode toldar o meu raciocínio nem o de
ninguém. Existirá sempre uma grande discrepância entre os ordenados mais baixos
e os mais altos, no entanto, há que evitar em primeira instância que os
ordenados mais baixos deixem as pessoas a viver pouco acima do limiar da
pobreza. O mundo laboral no nosso país é difícil e tem um longo caminho a
percorrer mas hoje com a taxa de desemprego abaixo dos 9% ao invés dos mais de
15% que tivemos, com a reposição de direitos, o descongelamento de carreiras e
o aumento contínuo do ordenado mínimo, já percorremos uma parte do caminho.
Outro
ponto a analisar com muita atenção é a acção da direita portuguesa neste
momento político, o que fez a senhora Assunção Cristas para melhorar as
condições de vida dos portugueses, ou será que também faltou a essas reuniões?
Como é possível que os mesmos seres com uma obsessão doentia pelo défice e pelo
cumprimento de metas que cortaram até a exaustão os direitos dos portugueses e
que, inclusivamente, acharam excessivo o aumento do ordenado mínimo, hoje nada
tenham a dizer sem ser para, por puro eleitoralismo, vir pedir mais? Dois anos
passaram e mais dois passarão. Muito há a fazer, muito será feito e com certeza
muito ficará por fazer, o compromisso deverá ser para uma década e não para
fazer tudo num mês.
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