terça-feira, 5 de dezembro de 2017

ARTIGO DE OPINIÃO: Dois anos de Governo

Por:
Rodolfo Colhe
Presidente da Juventude Socialista
 de
Alpiarça
Estamos a aproximar-nos do final de 2017 e o normal em todos os indivíduos é fazer a retrospectiva daquilo que foi o seu ano, apesar disso ainda não é hoje que vou fazer essa retrospectiva, vou sim falar de dois anos de governação olhando para os últimos dias.

Nos últimos dias o governo tem sido alvo de pressões constantes de vários sindicatos, entidades agregadores de empresas do sector privado e de diferentes sectores da função pública, e isso é o reflexo da boa governação. Se o actual governo não tivesse devolvido às pessoas o que era delas, hoje não assistiríamos a tantas reivindicações, algumas legítimas outras nem um pouco. A verdade e custa-me dize-lo, é que determinadas classes que foram absolutamente desrespeitadas deveriam ter muito mais consciência social e perceber que não será possível devolver tudo num dia, mas mais do que isso deveriam perceber que estão a ser arma de arremesso de quem tudo lhes tirou contra quem lhes devolve uma grande parte do que perderam, e sinceramente acho que quem tem responsabilidade nessas classes deveria ter a coragem de o dizer e de demonstrar que não estão ao serviço de nenhum partido e mais até que não usam as instabilidades políticas para prosperar.
Para 2017, pedi humanismo e respeito pelos outros, algo que sinto que muitas vezes falta e que, sinceramente, acho que não estamos a conseguir recuperar ao ritmo necessário e é importante que quando se reivindica se tenha esse respeito e noção de que o país não é para uns ou para outros mas para todos e que é de todo impossível dar a todos o que pedem. Eu também gostava de receber mais como todas as pessoas no mundo mas isso não pode toldar o meu raciocínio nem o de ninguém. Existirá sempre uma grande discrepância entre os ordenados mais baixos e os mais altos, no entanto, há que evitar em primeira instância que os ordenados mais baixos deixem as pessoas a viver pouco acima do limiar da pobreza. O mundo laboral no nosso país é difícil e tem um longo caminho a percorrer mas hoje com a taxa de desemprego abaixo dos 9% ao invés dos mais de 15% que tivemos, com a reposição de direitos, o descongelamento de carreiras e o aumento contínuo do ordenado mínimo, já percorremos uma parte do caminho.

Outro ponto a analisar com muita atenção é a acção da direita portuguesa neste momento político, o que fez a senhora Assunção Cristas para melhorar as condições de vida dos portugueses, ou será que também faltou a essas reuniões? Como é possível que os mesmos seres com uma obsessão doentia pelo défice e pelo cumprimento de metas que cortaram até a exaustão os direitos dos portugueses e que, inclusivamente, acharam excessivo o aumento do ordenado mínimo, hoje nada tenham a dizer sem ser para, por puro eleitoralismo, vir pedir mais? Dois anos passaram e mais dois passarão. Muito há a fazer, muito será feito e com certeza muito ficará por fazer, o compromisso deverá ser para uma década e não para fazer tudo num mês.

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