Por:
Rodolfo Colhe
Presidente da Juventude Socialista
de Alpiarça
Meio cheio ou meio vazio?
Ser generalista e vago é, sem dúvida,
uma forma fácil de falar sobre muito sem dizer nada, todas as pessoas usam essa
“técnica”, e os políticos não fogem desse grupo. Mas em período de eleições
essa “técnica” é ainda mais utilizada com o objectivo de prometer tudo não
prometendo nada. É muito fácil deixar os outros pensarem que prometemos algo
quando na verdade falamos apenas nisso. Para não falar nas meias verdades em
que se atua sobre um problema mas sem tocar minimamente naquilo que é o
problema e naquilo que interessa, parece quase aquele tipo que almoçou com o
Luís Figo, na verdade ele até almoçou e o Luís Figo também almoçou e o
restaurante até era o mesmo, a mesa é que não, nem nunca falaram um para o
outro. Nesta fase procura-se a forma mais fácil de agradar e procura-se não ser
desagradável mesmo que todos saibamos que é necessário por vezes ser
desagradável, há um exemplo muito claro e que se adapta à nossa terra, o grande
chavão de que pagamos IMI mínimo. É agradável para os Alpiarcenses pagar o IMI
mínimo mas será que um dia não teremos de passar do mínimo para o máximo por
incumprimento das nossas responsabilidades? Atenção que não o estou a afirmar
mas estou a dizer e isso afirmo que poderá acontecer um dia. Vivemos no fundo numa
campanha de chavões, vamos apostar na reabilitação urbana, e isso é o quê?
Vamos só disfarçar fachadas ou vamos tentar atrair pessoas que comprem casas
que necessitem de restauro? Vai a autarquia assumir essas despesas e “explorar”
esses espaços? Ou estamos apenas a falar de vias de circulação? Vamos atrair
investidores? Sim, mas para quê? Para a agro-indústria? Para áreas
tecnológicas? Ou apenas para investir no turismo? E o turismo será através da
caça e da pesca? Turismo gastronómico e dos nossos maravilhosos vinhos?
Exploração da natureza? Poderia procurar dezenas de exemplos com dezenas de
respostas mas vou àquilo que estou mais perto de dominar, o desporto, vamos
apostar no desporto, mas em quê? E como? Será no desporto feminino que mais uma
época passará sem que se inicie uma modalidade colectiva feminina em Alpiarça.
Vamos novamente achar que gastar rios de dinheiro em profissionais é caminho ou
será finalmente o desporto, o objectivo para todos? Não seria necessário exagerar e pedir um
nível de especificidade igual ao de um vereador ainda hoje no activo e que
segundo parece será recandidato que fez bandeira de devolver dois sentidos a um
percurso de 200 metros. Há tantos assuntos importantes, tantas matérias
sensíveis, tanto presente e tanto futuro pela frente, tanto de construtivo para
ser dito para a campanha se resuma a chavões por algumas partes. O tempo já não
é muito mas ainda podemos terminar em bem o que começou mal.
Apesar de não conseguir acreditar
que todos pensem como eu, Alpiarça tem tudo para ser um óptimo sitio para morar
e para construir uma vida.
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