domingo, 26 de março de 2017

ARTIGO DE OPINIÃO: A Europa tem de ser de todos

Por: Rodolfo Colhe
Presidente da Juventude Socialista 
de
Alpiarça

A Europa tem de ser de todos

Há determinadas coisas que me fazem ter vontade de perder a compostura e de tratar os bois por nomes piores que bois, principalmente perceber que esses seres não têm a humildade de se desculpar, de admitir que se excederam, que a conversa tinha outro contexto, etc. Claro que ninguém iria acreditar, mas ficava-lhe bem no fim de tão ordinária afirmação e refiro-me como é óbvio à declaração de que "não podem gastar o dinheiro todo em copos e em mulheres" do presidente do Eurogrupo Jeroen Dijsselbloem, que sinceramente me levou a pensar que quando pensamos já ter visto todo o tipo de idiotas, aparece mais um. Compreendo que o tipo esteja a ter uns dias difíceis, não fosse ele membro de um Partido que passou de 38 para 9 deputados nas recentes eleições holandesas. Não esquecer que este senhor é, desde há muito tempo, um dos mais ferozes agressores dos países do sul e defensor acérrimo da austeridade. São pessoas como estas que ajudam a destruir o sonho de uma Europa boa para todos do Norte ao Sul mas, felizmente, neste caso acredito que não tendo o que merece terá pelo menos uma perda acentuada de protagonismo nos próximos tempos. Muitos em Portugal foram e são defensores de ideias como a deste Jeroen Dijsselbloem, pessoas com cara e nomes que bem conhecemos que durante quatro anos nos lembraram todos os dias que não sabíamos gerir o nosso dinheiro e que tínhamos de sair de Portugal, quiçá para aprender a fazê-lo mas, felizmente, não é essa a atitude do Governo Português. Uma Europa forte e unida é imperial para que se possam resolver os problemas de todos e evitar que outras graves crises venham a acontecer. E de crises não se entenda apenas as crises económicas, ou alguém ainda duvida que a reacção à crise de refugiados foi tardia e que caso não tivesse sido, poderia ter-se evitado uma quantidade enorme de sofrimento humano?

Já só falta um
Agora sim, parece que já existem condições para que a pré-campanha se inicie verdadeiramente, o PS já tem a sua candidata, o PSD o seu candidato e como o título desta minha opinião indica, já só falta mesmo um que é sem dúvida, o actual presidente anunciar a sua recandidatura, ainda que seja possível várias mexidas na equipa devido à falta de capacidade de liderança principalmente de indivíduos capazes e ao número de anticorpos criado por alguns membros de executivo. Qualquer outro cenário que não a recandidatura, admito que seria uma novidade. A demora no assumir da candidatura diz-me duas coisas: uma é claramente a tentativa de atrasar a início da campanha pura e dura como é feito por praticamente todos os executivos no poder que não se sentem tremidos, e a segunda é que existem muitas negociações internas a decorrer e que podem ocorrer mudanças. Nas próximas semanas muita coisa vai acontecer e não duvido que algumas podem surpreender tanto pela positiva como pela negativa.

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