quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Tomada de posição da Concelhia do PS/Alpiarça



ALPIAGRA 2016 – CONFIRMAÇÃO DA INCAPACIDADE

A Alpiagra – Feira Agrícola e Comercial de Alpiarça cumpriu, com a edição que agora termina, 34 anos de existência. 

A sua história posiciona-a como um dos certames com maior antiguidade na Região e sabemos como, num passado não muito distante, foi motivo de projecção do Concelho. 

A edição de 2016 foi, infelizmente para Alpiarça, a confirmação da inexistência de pensamento e da incapacidade de acção do actual Executivo Municipal. Se olharmos para a Alpiagra de 2016 e a compararmos com as edições anteriores, de responsabilidade do actual Executivo verificamos uma aposta (com incidência financeira pesada) nos espectáculos, acompanhada de um quase desprezo pelo que de realce ainda existe no Concelho. 

Vamos à 1ª parte – os espectáculos. Se os compararmos com o que aconteceu nas anteriores edições este foi ano de fartura. Porquê? Jorrou dinheiro de repente? É porque as eleições se aproximam e é preciso “adormecer” os eleitores com o “fulgor” das luzes? 

Esta opção desgarrada da prática anterior levanta sérios problemas de interpretação para o pensamento (nem falamos em ideologia porque se o fizéssemos seria muito preocupante – um Executivo do PCP com tiques populistas de acção imediata!) de quem dirige a Câmara – Será que acham que é com festas e bolos que nos deixamos enganar? 

Mas o mais preocupante é o desprezo manifesto pelas virtualidades do Concelho e pela sua capacidade criativa. O que teve esta Alpiagra, para além dos espectáculos? Onde esteve a participação agrícola? Onde ficou a presença de maquinaria para o sector? Onde ficou a presença da actividade económica local e regional? Onde se escondeu a mostra gastronómica, que antes da realidade CDU, colocava dezenas de restaurantes na Praça das Tasquinhas? Onde esteve o que bom Alpiarça possui – Casa dos Patudos, Reserva Natural do Cavalo do Sorraia, Vala Real, Patacão, Zona Húmida da Goucha, … Onde ficaram? A fazer companhia a quem por preguiça se limita a pagar para meia dúzia de horas de espectáculo e nada faz para dar corpo e substância ao que é NOSSO e precisa ser valorizado? 

A desculpa do dinheiro é uma falácia. Ele pode não existir para colocar sinais de trânsito, para não reparar as estradas municipais, para manter o espaço urbano limpo, para não ligar a luz pública nas zonas urbanas (enquanto que na Albufeira dos Patudos, por exemplo, jorra luz em profusão), mas existe para espectáculos, para doar terrenos com valor superior a meio milhão de Euros ou, por exemplo, para perdoar indemnizações ao grande capital – Sim a abdicação perante os interesses da Renoldy não merece perdão. 

Sim o problema de Alpiarça é a incapacidade de acção do actual Executivo e a sua preguiça natural para nem sequer se dar ao trabalho de tentarem. 

A ALPIAGRA 2016 foi o resultado dessa triste realidade – Sem chama, sem criatividade, sem pensamento, sem acção – Um certame que tem tudo para ser motivo de orgulho e que se transformou numa mostra deprimente de um Poder Municipal que agoniza e nos “empurra para baixo”.

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