Por: V.R.V. |
No depoimento parco
em factos que Mário Pereira, presidente da Câmara de Alpiarça dá ao ‘O Alpiarcense’ denota-se com facilidade
argumentos justificativos da sua incapacidade e respectivo executivo a que
preside da insuficiência de não ter conseguido igualar-se em obras como os
executivos socialistas fizerem.
Nada então como falar
numa oratória que impressione o pacato cidadão de forma a que este entenda que
até uma simples caiação nuns pequenos
muros é “obra importante” e que dividir determinado valor monetário
pelos anos dos mandatos socialistas dá um gasto impressionante de “um
milhão de euros por ano.”
É obra!
Esta teoria é como
dividir os anos em que os comunistas estiveram presos por razões politicas cujo
resultado dá centenas de anos de reclusão ou como o Instituto Nacional de Estatísticas
divide os frangos que se consumiram em determinado ano pelos habitantes dando o
modesto resultado de cada português “ ter comido 5 frangos por mês” quando
eu na verdade nem meia dúzia como por
ano.
É tudo uma questão de
psicologia e de saber mexer na malta impressionando-a com números porque é mais fácil dizer: “ gastei quase um milhão de euros a fazer a minha casa” do que
dizer que a “construção da minha casa custou quase 900 mil euros”
O milhão
assusta e tem outro soar no toque da corneta.
Nesta área tiro o
boné ao presidente da Câmara e à escola de formação política do PCP que são uns
barras nesta área.
E assim ficamos a
saber que “…alguns dos responsáveis e apoiantes da
anterior gestão PS que puseram em causa a sustentabilidade financeira do
Município nos acusam de falarmos muito na dívida eu pergunto: como não falar da
dívida se esta é o factor determinante e condicionante de toda a nossa gestão,
do que podemos e não podemos fazer? como não falar de uma dívida deixada pelo
PS se é por causa dela que não nos é permitido ter o dinheiro para algumas das
intervenções e políticas de desenvolvimento do concelho que são necessárias,
muitas delas até por não terem sido resolvidas nos tempos em que o PS
endividava a Câmara à razão de quase 1 milhão de euros por ano? como não
falar na dívida se ela gera todos os anos um serviço de fluxo de um milhão e
300 mil euros só para pagar de amortizações e juros aos bancos, dinheiro esse
que seria fundamental para preparar agora o futuro do concelho, inclusive na
capacidade de aproveitamento mais alargado do novo quadro comunitário?...”
Mas não diz é na entrevista que
com o “milhão de euros por ano”
se fizeram obras de vários milhões coisa que a CDU ainda não conseguiu fazer.
Na lógica da verdade gostaria de
perguntar ao autárquico se as receitas da Câmara dão para fazer obras de
grandes valores.
Ele sabe muito bem que não.
Deixo-lhe então o desafio: seria
Mário Pereira capaz de fazer obras de vulto como fizeram os socialistas sem ter
que pedir dinheiro emprestado para as fazer?
Claro que não.
Então deixe-se de lérias caro
presidente porque ninguém consegue fazer “omeletes
sem ovos” e quem não os tem é obrigado a pedi-los ao vizinho.
Como diz o meu amigo “Chico” quem “não sabe vender que feche a loja”
mas…” não somos todos uns tolos” ou
uma “cambada de artola” que
acreditamos em tudo que nos dizem ou…nos querem impingir
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