Já vai para muitos anos quando fui pela primeira vez à herdade do Ganadeiro Ortigão Costa na Azambuja.
Depois iria lá mais vezes.
Estas idas permitiram-me então conhecer a vila por dentro quando nela passeava ou convivia com muitos dos seus habitantes.
Era uma terra sem vida.
Passados alguns anos veio a instalar-se as linhas de produção da Ford e Opel.
A vila à borda d'agua, mudou radicalmente.
A população aumentou e o nível de vida melhorou.
Centenas de trabalhadores da industria automóvel passaram a viver e a fazer vida na Azambuja.
Passados algumas dezenas de anos, por razões económicas a industria automóvel encerrou para se mudar para a vizinha Espanha.
Centenas e centenas de trabalhadores no desemprego.
Foi quando aparecerem os profetas da desgraça.
"...Azambuja vai morrer e vamos voltar as tempos antigos, da miséria e das dificuldades para sobrevivermos..."
Num curto espaço de tempo surgem homens dinâmicos e com uma enorme visão.
Aperceberam-se rapidamente que a vila podia ser um "filão de ouro" porque tinha meios e pessoas capazes para inverter a situação.
Duas delas viriam a ser presidentes da Câmara local.
Conseguiram dar a volta.
Hoje, só a Zona Industrial da Azambuja emprega mais gente do que Alpiarça tem de população.
Todos os dias entram cerca de 8.500 pessoas na Azambuja que vêm trabalhar para as diversas plataformas que aqui estão instaladas.
Algumas são de Alpiarça.
O que faz falta em Alpiarça é não haver políticos dinâmicos e com visão.
Por causa de não haver é que Alpiarça não "passa da cepa torta"
«Foto: obtida na Internet»
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