quarta-feira, 23 de maio de 2018

ARTIGO DE OPINIÃO: Primeira de algumas opiniões sobre a Alpiagra 2018

Por:
Rodolfo Colhe


Primeira de algumas opiniões sobre a Alpiagra 2018

Há um ponto em comum naquilo que escrevo, seja neste espaço seja em outros do mesmo género ou até nas redes sociais, são a minha opinião pessoal e não a opinião da JS ou muito menos do PS e digo isto porque neste caso a minha opinião pode divergir da opinião da maioria dos membros do meu partido.
Assumo sem nenhum tipo de pudor que a redução em si do número de dias da Alpiagra não me choca absolutamente nada. O modelo actual era óbvio que não estava a resultar e que era difícil recuperar dinâmicas antigas mantendo 10 dias de actividade apelativa e de qualidade e em muitos dos dias o número de visitantes já era baixo, os comerciantes já tinham prejuízo, a restauração funcionava pouco e mal, e o espaço jovem na minha opinião é deficitário.
Se olharmos para várias feiras do nosso distrito, elas não ultrapassam os 5 dias, FICOR 2018, 24 a 27 de maio em Coruche, Feira do Vinho e do Chocolate de 27 de abril a 1 de maio no Cartaxo, Festas em Honra do Mártir S. Sebastião de 2 a 6 de Fevereiro nos Amiais de Cima. Se retirarmos certames de outro campeonato como a Feira Nacional da Agricultura, sobra praticamente a Ascensão na Chamusca com mais de 5 dias, as restantes têm dinâmicas muito próprias e difíceis de mudar.
Na minha sincera opinião se a redução dos dias da Alpiagra significar aumento da qualidade, eu sou favorável, se servir apenas para diminuir a despesa e retirar preocupações ao executivo, sou contra. Com esta redução de dias, as noites de quinta-feira, sexta-feira, e de sábado terão de ser de enorme qualidade, colocando de parte a hipótese de uma delas ser ocupada com o tradicional festival de folclore, contra o qual nada tenho contra mas que no entanto só interessa a uma parte da população (de idade mais avançada) mas que pode por exemplo ocupar a tarde de domingo. Daquilo que foi até agora (sem avaliar preços, condições de acesso, etc.) há coisas que me parecem à partida bastante bem, nomeadamente o “Pavilhão do Vinho, Fumeiro e Petiscos”, um espaço que certamente irei analisar e usufruir na esperança de que sirva de dínamo para uma área que mais uma vez digo é completamente colocada de parte pelo município. Mas não sejamos tapados, a redução dos dias mesmo que o investimento seja o mesmo não resolve por si só os problemas que em 9 anos não se resolveram, entre os quais está o espaço jovem e animação nocturna que, como disse anteriormente, funciona bastante mal, não só porque o espaço em si nunca foi melhorado nem preparado para o efeito mantendo-se num estilo Feio e Frio. Outro dos graves problemas deste espaço prende-se com as opções tomadas ao nível da animação que não é do agrado da maioria dos jovens do concelho. Peço desculpa se estiver a ser injusto neste ponto, mas de facto é essa a mensagem que me chega. Outro dos pontos que me parece que deve ser analisado relativamente ao espaço jovem (e não só) é quem nele deve poder comercializar. Num momento em que a actividade nocturna em Alpiarça está tão em baixo, até porque por vezes temos assistido a excesso de espaços e nem todos situados de forma conveniente ao comércio, outras vezes já assistimos a grupos do mesmo tipo a estarem numa zona e outros noutra e esta indefinição não é boa para ninguém.
O fim da praça das tasquinhas não será nunca consensual no entanto percebo a necessidade de mudança mas com bastantes dúvidas. Logo de início, o horário é um erro pois teriam de ser servidos almoços todos os dias mas se o único erro for esse nada de grave vêm ao mundo. Uma certeza tenho, o espaço das tasquinhas como estava a ser “gerida” não teriam certamente futuro, por outro lado parece-me que a opção não foi a melhor por colocar este espaço demasiado escondido, mas há que ter em conta o facto de estar no interior leva a que o factor clima saia da equação.
E falando do clima, tenho a certeza que a primeira decisão importante a tomar relativamente ao futuro de Alpiarça é exactamente a data que hoje em dia parece-me já não ser a mais correcta. Há que lembrar que a realização da Alpiagra em Setembro se devia ao fim dos meloais e portanto ao período em que o poder de compra era maior.
Neste momento resta aguardar para percebermos como vai ser a Alpiagra 2018, e as conclusões devem ficar para ao fim, apesar de aquando da saída da programação ficaremos já com algumas ideias sobre as intenções e sobre o que aí virá.

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