domingo, 22 de abril de 2018

ARTIGO DE OPINIÃO: Consensos

Por:
RODOLFO COLHE
Presidente da Juventude Socialista
de
Alpiarça



O mundo da política nacional é bastante volátil nos tempos que correm, uma mudança de dirigentes pode significar uma mudança significativa da abordagem em relação a muitos temas e principalmente na convivência democrática com os outros partidos.

Para alguém que é puramente do Partido Socialista e de esquerda e que claramente não acredita num Bloco Central, nem acredita que algum partido o queira na verdade. Fiquei muito feliz e saúdo o acordo feito entre PS e PSD, os dois partidos mais votados em Portugal e os dois que à partida têm condições para tomar iniciativa de formar governo. Este acordo não é de governo nem de futuro governo muito menos é um colocar de parte das outras forças, é sim o assumir que há muitíssimos pontos que devem ser discutidos em conjunto por diversas razões, nomeadamente, porque dizem e muito respeito às Câmaras Municipais onde mais uma vez PS e PSD são os dois partidos com maior representação. Muitas áreas do nosso país devem ser debatidas em conjunto cabendo sempre a quem está no poder tomar a dianteira das negociações e depois à execução daquilo que é acordado. Pessoalmente, parece-me que a discussão de áreas de base como a saúde e a educação devem reunir alguns consensos ao nível das obras a executar, dos conteúdos programáticos e do pessoal têm sempre de ter essas tais premissas em comum que sirvam depois de base ao governo que estiver em funções. É impensável que a preparação do próximo programa de fundos comunitários não seja discutido em conjunto apesar de quem está no poder ter de assumir sempre dianteira e terá sempre a palavra final.

Algum partido político português duvida que é necessária uma intervenção forte sobre a nossa ferrovia? Certamente que não, mas, no entanto o grau de relevância do problema e a forma de resolução do mesmo seria diferente de partido para partido, daí ser de todo importante que determinados assuntos sejam tratados em conjunto.
Muitas vezes o populismo e caça ao voto (que afeta todos os partidos) não permitem que este tipo de discussões seja tida, basta ver a posição que muitos líderes de opinião e até do recém-candidato à presidência do PSD têm sobre este tema. Eu não sou de todo um entendido, mas é óbvio que o paradigma político a nível mundial já mudou há bastante tempo apesar de em Portugal se achar que as coisas se devem manter como sempre foram, e aí devemos dar créditos a liderança de António Costa, pois conseguiu fazer pontes com a esquerda e agora pontes com direita.

Vendo este desenrolar de acontecimentos no panorama nacional fico com a ideia de que a nível local são os dirigentes, subentenda-se de todos os partidos, os principais responsáveis pelas dificuldades de entendimento na construção de projetos de futuro nos seus concelhos. Afinal que sentido faria uma aposta deliberada numa determinada área para depois após uma mudança na cor política essa aposta ser classificada como menos importante, ou mesmo ser colocada na gaveta? Não seria interessante existir em Alpiarça esse tipo de consensos? Esse tipo de programa a longo prazo? Existirá um dia da parte de todos os dirigentes abertura para que isso seja feito? Não sou bom em futurologia, mas vou confiar desconfiando que possa vir a acontecer.

Umas palavras para o PS e para 45º aniversário de luta por Portugal e pelos Portugueses. É um orgulho pertencer a um partido que se pode orgulhar do seu passado, do seu presente e que constrói um futuro. Nem tudo foi bem feito ao longo destes anos, mas tudo foi feito para o bem de Portugal. 

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