Autarca de Abrantes
e Alpiarça querem "reverter" fecho de loja dos CTT
Os presidentes da
União de Freguesias de Abrantes e Alferrarede e da Câmara de Alpiarça reagiram
hoje com surpresa e preocupação à notícia sobre o encerramento das lojas dos
CTT, tendo assegurado que vão tentar reverter a decisão.
As estações dos
correios de Alferrarede, em Abrantes, e de Alpiarça, na sede de concelho
ribatejano, ambas no distrito de Santarém, constam da lista de 22 lojas que a
administração dos CTT confirmou que quer fechar em breve.
O presidente da
União de Freguesias de Abrantes e Alferrarede, o socialista Bruno Tomás, disse
à agência Lusa que foi com "surpresa e muita preocupação" que leu
hoje a notícia do encerramento da estação de correios em Alferrarede, uma vez a
loja em causa "está na zona mais populosa e de maior expansão da cidade".
Este fecho, segundo
o autarca, vem juntar-se "à falta de carteiros e aos atrasos recorrentes
na distribuição, prejudicando toda a população num serviço que se quer público,
de proximidade e de qualidade", tendo observado que naquela União de Freguesias
habitam cerca de 18.400 pessoas, cerca de metade do total da população do
concelho.
A outra estação de
correios de Abrantes fica no centro histórico da cidade, uma zona menos
populosa.
"Não se
consegue perceber esta decisão nem o que vai acontecer aos trabalhadores, pelo
que o executivo desta União de Freguesias vai reunir de urgência e de forma
extraordinária na quinta-feira e tenho a intenção de pedir para que a
administração dos CTT nos receba para explicar os motivos desta decisão, que
iremos tentar inverter", afirmou Bruno Tomás.
Ainda no distrito de
Santarém, o presidente da Câmara Municipal de Alpiarça, Mário Pereira (CDU),
reagiu à notícia do fecho da estação dos correios na sede do concelho com
"preocupação", tendo afirmado à Lusa que "o que está em causa é
a prestação de um serviço público essencial" para uma população composta
por cerca de 7.800 pessoas.
"Era uma
possibilidade que pairava e foi-me garantido que não havia essa intenção nas
várias vezes que reuni com a administração dos CTT, pelo que espero que ainda
haja margem para dialogar e evitar este fecho de um serviço público essencial e
que é o único no concelho" de Alpiarça, disse o autarca.
O autarca afirmou
que, "além da estação em Alpiarça, que serve todo o concelho, só existe na
zona uma loja dos CTT instalada numa papelaria desde abril, mas que não tem
todas as valências e só presta alguns serviços", afirmado que a autarquia
vai fazer "todos os possíveis para reverter" a situação.
"Vou pedir uma
reunião com caráter de urgência à administração dos CTT e explicar a
necessidade de manter a funcionar em Alpiarça este serviço essencial para a
população e com todas as valências que atualmente dispõe", afirmou o
autarca.
De acordo com um
esclarecimento enviado às redações, os CTT referiram que o encerramento destas
22 lojas "não coloca em causa o serviço de proximidade às populações e aos
clientes, uma vez que existem outros pontos de acesso nas zonas respetivas que
dão total garantia na resposta às necessidades face à procura existente".
Em causa estão os
seguintes balcões: Junqueira, Avenida (Loulé), Universidade (Aveiro), Termas de
São Vicente, Socorro (Lisboa), Riba de Ave, Paços de Brandão (Santa Maria da
Feira), Lavradio (Barreiro), Galiza (Porto), Freamunde, Filipa de Lencastre (Belas),
Olaias (Lisboa), Camarate, Calheta (Ponta Delgada), Barrosinhas (Águeda),
Asprela (Porto), Areosa (Porto), Araucária (Vila Real), Alpiarça, Alferrarede,
Aldeia de Paio Pires e Arco da Calheta (Madeira).
Os CTT adiantam que,
numa primeira fase, o encerramento das 22 lojas está sob "consulta"
da Comissão de Trabalhadores, "seguindo-se então o contacto com as
entidades locais".
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