Por: RODOLFO COLHE Presidente da Juventude Socialista de Alpiarça
Adeus 2017
Olhar
para 2017 e classificá-lo no seu todo é difícil, para não dizer impossível, foi
um ano de vários acontecimentos marcantes tanto do ponto de vista positivo como
negativo.
Olhar
para 2017, do ponto de vista pessoal, é olhar para um ano que começou mal mas
se tornou excepcional a nível profissional e que a nível familiar/sentimental e
apesar da perda do meu avô, este foi um ano de melhoria. Mas isto não é um
diário mas sim um artigo de opinião político, e do ponto de vista político da
JS Alpiarça não foi dos nossos anos mais fortes, apesar da iniciativa de
promoção dos vinhos do Tejo que teve bastante destaque a nível distrital. O ano
de 2017 foi, principalmente, para a JS Alpiarça um ano marcado por tomadas de
posição interna e por discussões interessantes, diria que este ano serviu para
politizar mais os militantes e isso é imprescindível.
Para
Alpiarça, 2017 não foi de todo um ano bom, aliás eu diria que foi um ano mau,
ou devo dizer que foi um ano igual aos últimos? Afinal do que nos devemos
orgulhar na nossa Vila em 2017? Em que melhoramos afinal? Não continuamos a
regredir? Não me parece que alguma evolução tenha acontecido ao nível do
emprego e da captação de investimento, que ajudaria a fixar pessoas em Alpiarça
sejam Alpiarçolhos de gema ou pessoas de fora que escolham Alpiarça como o
local onde querem morar. Bem subiram o IMI, isso deve ajudar certo? Perdoem-me
a brincadeira. E o que foi feito em prol da qualidade de vida dos habitantes de
Alpiarça? Resolveram-se os problemas da barragem? Da recolha de resíduos? Das
vias rodoviárias? Algumas das infra-estruturas que necessitam de intervenção já
foram intervencionadas, e excluamos o mercado daqui, pois, aparentemente, e até
prova em contrário existe já um plano de intervenção aprovado. Mas e todos os
outros, com principal destaque para as escolas do concelho que já há muito
deviam ter sido intervencionadas. Este ano deveria ter também sido um ano de
inaugurações e não o foi, com principal destaque para o Jardim Municipal, uma
obra que começou torta e contestada e que acho que torta continuará até à sua
conclusão e contestada provavelmente o será por muitos e longos anos com alguns
argumentos válidos e outros nem um pouco. Mas talvez o que de pior 2017 deu a
Alpiarça foram as eleições autárquicas onde participei, dentro do que me foi
permitido, e onde perdi, não só o resultado não serve na minha óptica o
interesse dos Alpiarcenses como a discussão foi de toda má e parece-me,
sinceramente, que esta pequena palavra com apenas duas letras é a melhor forma
de descrever a qualidade do debate político que foi feito, não só por falta de
discussão concreta de temas chave como pela gratuita troca de ofensas e
insinuações muito tristes por apoiantes e também candidatos. No fim de contas
Alpiarça sai a perder de 2017.
Para
Portugal, o ano de 2017 é de extremos e nunca nos devemos esquecer de tudo o
que aconteceu mas correndo o risco de ser acusado de insensibilidade para mim
2017, é marcado por um ano de crescimento e de melhoria das condições de vida
do nosso país. Falar no ano que agora termina e não falar nos incêndios que deflagraram
no país seria uma total falta de respeito da minha parte. Infelizmente, muitas
pessoas perderam a vida e muitas outras perderam os seus bens. Esperemos que em
2018 todos ou pelo menos a maioria dos problemas de regulação da floresta, da
orgânica dos bombeiros e da protecção civil sejam resolvidos. Mas 2017 é também
o ano em que Portugal volta a ser reconhecido como um exemplo para o mundo, um
país que conseguiu subir rapidamente variadíssimos indicadores económicos,
registando ao mesmo tempo uma enorme melhoria nos indicadores sociais, provam
que existia outro caminho, um caminho melhor para Portugal, um caminho que
serve melhor os Portugueses. Este foi um ano de enormes picardias políticas,
promovidas em grande escala pelos média e bem alimentadas pela direita
fracturada e pelos momentos em que o populismo do Presidente da República
ultrapassa a sua, ainda, gigantesca popularidade. Apesar disso as eleições
autárquicas foram uma enorme vitória do PS, e são um dos pontos políticos de
destaque em 2017, uma demonstração de força mas também de reconhecimento.
Se tivesse de atribuir o prémio de político do
ano e, ainda bem que não tenho pois não é nada fácil faze-lo, mas acho que
entregaria o prémio a Mário Centeno, em parte pelos resultados, em parte pela
sua eleição para Presidente do Eurogrupo mas em parte pela sua passagem de
besta a bestial, como foi apelida pelo novo Presidente do Concelho de Administração
da LUSA.
Sobre
este ano que passa há que recordar a morte de Mário Soares, o maior símbolo não
só do Partido Socialista, como da própria política portuguesa.
Que
2018 seja um ano ainda melhor do que este. Boas entradas a todos.
|
Sem comentários:
Enviar um comentário