domingo, 31 de dezembro de 2017

ARTIGO DE OPINIÃO: Adeus 2017

Por:
RODOLFO COLHE
Presidente da Juventude Socialista
de
Alpiarça


Adeus 2017

Olhar para 2017 e classificá-lo no seu todo é difícil, para não dizer impossível, foi um ano de vários acontecimentos marcantes tanto do ponto de vista positivo como negativo.

Olhar para 2017, do ponto de vista pessoal, é olhar para um ano que começou mal mas se tornou excepcional a nível profissional e que a nível familiar/sentimental e apesar da perda do meu avô, este foi um ano de melhoria. Mas isto não é um diário mas sim um artigo de opinião político, e do ponto de vista político da JS Alpiarça não foi dos nossos anos mais fortes, apesar da iniciativa de promoção dos vinhos do Tejo que teve bastante destaque a nível distrital. O ano de 2017 foi, principalmente, para a JS Alpiarça um ano marcado por tomadas de posição interna e por discussões interessantes, diria que este ano serviu para politizar mais os militantes e isso é imprescindível.

Para Alpiarça, 2017 não foi de todo um ano bom, aliás eu diria que foi um ano mau, ou devo dizer que foi um ano igual aos últimos? Afinal do que nos devemos orgulhar na nossa Vila em 2017? Em que melhoramos afinal? Não continuamos a regredir? Não me parece que alguma evolução tenha acontecido ao nível do emprego e da captação de investimento, que ajudaria a fixar pessoas em Alpiarça sejam Alpiarçolhos de gema ou pessoas de fora que escolham Alpiarça como o local onde querem morar. Bem subiram o IMI, isso deve ajudar certo? Perdoem-me a brincadeira. E o que foi feito em prol da qualidade de vida dos habitantes de Alpiarça? Resolveram-se os problemas da barragem? Da recolha de resíduos? Das vias rodoviárias? Algumas das infra-estruturas que necessitam de intervenção já foram intervencionadas, e excluamos o mercado daqui, pois, aparentemente, e até prova em contrário existe já um plano de intervenção aprovado. Mas e todos os outros, com principal destaque para as escolas do concelho que já há muito deviam ter sido intervencionadas. Este ano deveria ter também sido um ano de inaugurações e não o foi, com principal destaque para o Jardim Municipal, uma obra que começou torta e contestada e que acho que torta continuará até à sua conclusão e contestada provavelmente o será por muitos e longos anos com alguns argumentos válidos e outros nem um pouco. Mas talvez o que de pior 2017 deu a Alpiarça foram as eleições autárquicas onde participei, dentro do que me foi permitido, e onde perdi, não só o resultado não serve na minha óptica o interesse dos Alpiarcenses como a discussão foi de toda má e parece-me, sinceramente, que esta pequena palavra com apenas duas letras é a melhor forma de descrever a qualidade do debate político que foi feito, não só por falta de discussão concreta de temas chave como pela gratuita troca de ofensas e insinuações muito tristes por apoiantes e também candidatos. No fim de contas Alpiarça sai a perder de 2017.

Para Portugal, o ano de 2017 é de extremos e nunca nos devemos esquecer de tudo o que aconteceu mas correndo o risco de ser acusado de insensibilidade para mim 2017, é marcado por um ano de crescimento e de melhoria das condições de vida do nosso país. Falar no ano que agora termina e não falar nos incêndios que deflagraram no país seria uma total falta de respeito da minha parte. Infelizmente, muitas pessoas perderam a vida e muitas outras perderam os seus bens. Esperemos que em 2018 todos ou pelo menos a maioria dos problemas de regulação da floresta, da orgânica dos bombeiros e da protecção civil sejam resolvidos. Mas 2017 é também o ano em que Portugal volta a ser reconhecido como um exemplo para o mundo, um país que conseguiu subir rapidamente variadíssimos indicadores económicos, registando ao mesmo tempo uma enorme melhoria nos indicadores sociais, provam que existia outro caminho, um caminho melhor para Portugal, um caminho que serve melhor os Portugueses. Este foi um ano de enormes picardias políticas, promovidas em grande escala pelos média e bem alimentadas pela direita fracturada e pelos momentos em que o populismo do Presidente da República ultrapassa a sua, ainda, gigantesca popularidade. Apesar disso as eleições autárquicas foram uma enorme vitória do PS, e são um dos pontos políticos de destaque em 2017, uma demonstração de força mas também de reconhecimento.

 Se tivesse de atribuir o prémio de político do ano e, ainda bem que não tenho pois não é nada fácil faze-lo, mas acho que entregaria o prémio a Mário Centeno, em parte pelos resultados, em parte pela sua eleição para Presidente do Eurogrupo mas em parte pela sua passagem de besta a bestial, como foi apelida pelo novo Presidente do Concelho de Administração da LUSA.

Sobre este ano que passa há que recordar a morte de Mário Soares, o maior símbolo não só do Partido Socialista, como da própria política portuguesa.
Que 2018 seja um ano ainda melhor do que este. Boas entradas a todos.

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