sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

INE: Pobreza regista a redução mais significativa dos últimos 10 anos


A devolução de rendimentos e a melhoria do acesso a prestações sociais acordadas pela maioria parlamentar de esquerda permitiram já uma redução da pobreza e das desigualdades. Os dados são da publicação Rendimento e Condições de Vida hoje divulgada pelo Instituto Nacional de Estatística.

Em 2016, a taxa de risco de pobreza situou-se nos 18,3% menos 0,7 pontos percentuais que em 2015, a maior redução dos últimos 10 anos. A taxa de risco de pobreza registou quedas mais acentuadas nos segmentos mais fragilizados: jovens e idosos. Nos jovens a taxa recuou de 22,4% para 20,7% e nos idosos a taxa de risco de pobreza baixou de 18,3% para 17,0%. Nos adultos a redução foi de apenas 0,1 pontos percentuais para 18,1%.

O número de pessoas em privação material severa ou muito severa sofreu também uma redução expressiva de 19,5% para 18%. Ou seja, apesar de 200 mil pessoas terem saído da condição de privação material há ainda 1,8 milhões de pessoas que no seu quotidiano não tem acesso a três itens de uma lista de nove. Nesta lista incluem-se, por exemplo, disponibilidade de uma máquina de lavar roupa, de automóvel, capacidade para manter a casa devidamente aquecida mas também a capacidade para pagar uma semana de férias por ano fora de casa. Considera-se que a privação é severa quando quatro ou mais itens da lista não estão acessíveis. A taxa de privação severa registou também uma redução expressiva de 8,4% para 6,9%.

Mas as políticas da maioria não resultaram apenas numa redução da pobreza mas também das desigualdades, com os três indicadores apresentados na publicação a registarem reduções. O coeficiente de Gini registou uma queda de 33,9% para 33,5% enquanto o indicador S80/S20, que compara o rendimento dos 20% com mais recursos com os 20% com menor rendimento, desceu de 5,9 para 5,7. O indicador S90/S10 caiu de 10,1 para 10,0.
«g.c.»

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