segunda-feira, 16 de outubro de 2017

ARTIGO DE OPINIÃO: Semana atribulada

Por:
Rodolfo Colhe
Presidente da Juventude Socialista
de
Alpiarça


Esta foi, talvez, uma das semanas mais difíceis de acompanhar o ritmo das notícias em Portugal, apuramento para o mundial, José Sócrates, proposta de orçamento de estado, relatório independente aos incêndios, as eleições do PSD e uma sondagem.
Começando pela sondagem, que vem acabar com esse mito de que a solução governativa prejudica eleitoralmente os partidos à esquerda do PS, uma vez que todos eles subiram, e mais uma vez vem demonstrar que o país na sua generalidade perdeu a paciência para a direita, para o populismo e para a política do bota abaixo (as eleições autárquicas já tinham demonstrado que quem não faz política pela positiva e aposta no bota abaixo até pode subir mas dificilmente irá ganhar). As eleições do PSD ainda estão na fase do corredor, naquele período em que à boca pequena todos comentam e decidem em inteligências de grupo que candidato apoiar. Pessoalmente, espero que após a apresentação dos conteúdos diferenciadores dos dois candidatos à liderança de um partido que se espera que tenha outra forma de estar na política que não aquela que tem tido, tenhamos candidatos social-democratas. Mas se por um lado estas eleições não alteram as reacções da direita, inclusive, uma das já anunciadas pelo próprio, viragens à direita do Presidente da República em relação ao relatório dos incêndios, sobre o qual acho que devem ser tiradas conclusões que, posteriormente, levem à implementação rápida de medidas que conduzam a uma reacção e gestão de melhor qualidade de situações de crise como são os incêndios, mas na minha sincera opinião não é rolando cabeças de Ministros e Secretários de Estado que se consegue isso.
A proposta de Orçamento de Estado é a prova de que é possível fazer diferente e é possível fazer melhor, sinceramente, e tendo em conta os dados aos quais tenho tido acesso, este orçamento é, sem dúvida, um orçamento de mudança. Não só um orçamento de mudança por via das alterações aos escalões e do descongelamento das progressões nas carreiras mas também em grande parte pela aproximação que temos aos países mais desenvolvidos através do aumento de impostos sobre alimentos prejudiciais a saúde. Eu também os consumo mas apoio este aumento. Mais uma vez mas de forma tímida, a direita vem atacar o orçamento mas apenas no que diz respeito às empresas e muito pouco no que diz respeito às pessoas.
Em Alpiarça o tempo também será de acordos e de apoios, no mínimo, estranhos apesar de compreensivos mas sobre isso falarei mais tarde, visto que a futurologia não é o meu forte.  

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