Por: Rodolfo Colhe Presidente da Juventude Socialista de Alpiarça
Esta
foi, talvez, uma das semanas mais difíceis de acompanhar o ritmo das notícias
em Portugal, apuramento para o mundial, José Sócrates, proposta de orçamento de
estado, relatório independente aos incêndios, as eleições do PSD e uma
sondagem.
Começando
pela sondagem, que vem acabar com esse mito de que a solução governativa
prejudica eleitoralmente os partidos à esquerda do PS, uma vez que todos eles
subiram, e mais uma vez vem demonstrar que o país na sua generalidade perdeu a
paciência para a direita, para o populismo e para a política do bota abaixo (as
eleições autárquicas já tinham demonstrado que quem não faz política pela
positiva e aposta no bota abaixo até pode subir mas dificilmente irá ganhar). As
eleições do PSD ainda estão na fase do corredor, naquele período em que à boca
pequena todos comentam e decidem em inteligências de grupo que candidato
apoiar. Pessoalmente, espero que após a apresentação dos conteúdos
diferenciadores dos dois candidatos à liderança de um partido que se espera que
tenha outra forma de estar na política que não aquela que tem tido, tenhamos
candidatos social-democratas. Mas se por um lado estas eleições não alteram as
reacções da direita, inclusive, uma das já anunciadas pelo próprio, viragens à
direita do Presidente da República em relação ao relatório dos incêndios, sobre
o qual acho que devem ser tiradas conclusões que, posteriormente, levem à
implementação rápida de medidas que conduzam a uma reacção e gestão de melhor
qualidade de situações de crise como são os incêndios, mas na minha sincera
opinião não é rolando cabeças de Ministros e Secretários de Estado que se
consegue isso.
A
proposta de Orçamento de Estado é a prova de que é possível fazer diferente e é
possível fazer melhor, sinceramente, e tendo em conta os dados aos quais tenho
tido acesso, este orçamento é, sem dúvida, um orçamento de mudança. Não só um
orçamento de mudança por via das alterações aos escalões e do descongelamento
das progressões nas carreiras mas também em grande parte pela aproximação que
temos aos países mais desenvolvidos através do aumento de impostos sobre
alimentos prejudiciais a saúde. Eu também os consumo mas apoio este aumento.
Mais uma vez mas de forma tímida, a direita vem atacar o orçamento mas apenas
no que diz respeito às empresas e muito pouco no que diz respeito às pessoas.
Em
Alpiarça o tempo também será de acordos e de apoios, no mínimo, estranhos
apesar de compreensivos mas sobre isso falarei mais tarde, visto que a
futurologia não é o meu forte.
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