domingo, 7 de maio de 2017

ARTIGO DE OPINIÃO: Ter opinião

Por:
Rodolfo Colhe
Presidente da Juventude Socialista
de
Alpiarça


Ter opinião

Um dos muitos riscos de emitir muitas vezes opinião é poder errar, até porque quem nunca diz nada, nunca erra, nem belisca a opinião de ninguém. Isto não é uma crítica a ninguém e se quiserem considerar uma crítica, considerem uma crítica à sociedade em si. Quantas vezes ouvimos, por exemplo, a opinião de autarcas ou candidatos a autarcas sobre causas fraturantes como as causas LGBTI, ou a eutanásia, a legalização das drogas leves ou a regulamentação da prostituição? A verdade é que dar a nossa opinião, às vezes, é uma chatice para quem tem actividade política e muito mais para quem vai a votos, claro que quanto mais se sobe em grandeza populacional do cargo a que se candidata, mais os média apertam o cerco e obrigam a que os candidatos falem sobre tudo. Também quando poucos ou nenhuns feedbacks ouvimos da parte de autarcas e candidatos à descentralização de competências para as autarquias, é natural que não os vejamos mostrar o seu verdadeiro eu sobre outras temáticas que ajudariam a perceber a sua abertura perante a sociedade. Outro dos problemas de dar regularmente opinião é ficar sem ter sobre o que falar ou pelo menos não ter nada de novo para dizer e, claro que após se falar uma ou duas vezes sobre um tema ele não fica resolvido, mas corremos o risco de ser apelidados de fala-baratos ou mesmo de o ser. Quem lê ou ouve aquilo que dizemos ou escrevemos é que avalia. Salvo erro no meu primeiro artigo falei sobre a estrada que passa junto a Quinta da Lagoalva que, era e continuará a ser (infelizmente é aquilo que penso), miserável e sem condições de circulação nesta época em que é tão necessária, no entanto não tem sentido falar sempre disso. Neste momento chega a ser difícil dizer alguma coisa sobre Alpiarça e não porque esteja tudo bem, mais porque está quase tudo igual, nada acontece nem nada se vê. Parece até que já estamos habituados a que os contentores estejam cheios, que as ruas tenham ervas e buracos (e não, a culpa não é dos funcionários) e por aí fora. O hábito é tal que se uma senhora que passava não comentasse, eu nem me lembrava que no meio daquele mato existia um jardim na Rua Beco do Hospital e é muito perigoso quando o fazer mal se torna o normal.

Dia da Mãe

Numa altura em que muito nos preocupa a natalidade, a educação e muitas vezes a falta dela em que vemos tantas famílias destruturadas (não confundir com famílias onde há divórcio porque essas, por vezes, tem óptima estrutura), e a viver a crise social de uma forma que não desejo a ninguém, há que aproveitar para louvar todas as mães especialmente as mães com M grande. O que deve fazer o dia não é a prenda apesar de nenhum filho se dever esquecer de comprar uma prenda ou de roubar uma flor do quintal de um vizinho como eu e muitos fizemos no passado, mas não será isso o essencial. Este é mais um dia para felicitar uma das partes da família. Sem família, amigos e afetos somos menos que os outros animais.



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