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| Por: Fernando Louro |
No passado dia 24 de Abril, realizou-se uma Assembleia Municipal Comemorativa da Revolução dos Cravos.
Como Presidente da Assembleia Municipal li o meu discurso, onde procurei realçar os méritos do 25 de Abril, aquilo que esta data significou na vida dos Portugueses e no Poder Local Democrático, que no ano que decorre comemora o seu quadragésimo aniversário.
Neste contexto, até porque fui pioneiro, em 1977, disse que tinha um grande respeito pelas instituições do Poder Local, e lamentei o facto de nos dias de hoje, muitos políticos usarem a luta política, que é nobre e salutar, utilizando os blogues e o Facebook, levianamente, aí por todo o país.
Veja-se as minhas palavras tal como foram ditas:
“Pelo facto de levar o Poder Local Democrático e os subjacentes Órgãos Municipais e de Freguesia, muito a sério, entristece-me profundamente ver aqueles que levam o mandato que o povo lhes deu sem o mínimo de seriedade e de respeito, por quem os elegeu, e pelos adversários políticos, usando os blogues e o Facebook no combate político, levianamente, sem critério, fazendo muito barulho, como pode ver-se aí, por todo o país.
E que ajudam que o povo desacredite nos valores da democracia.”
Eu disse isto, e estou seguro que a maioria das pessoas, pensa tal como eu.
Não fiz nenhum ataque a nenhum político em concreto, nem aos blogues nem ao Facebook, eu próprio utilizo esses instrumentos de divulgação e conheço muitos outros políticos, a maioria, que os utilizam de uma forma séria e responsável.
A minha crítica era apenas para aqueles políticos que utilizam as redes sociais, sem respeito por quem os elegeu, nem para com os adversários políticos, usando os blogues e o Facebook, levianamente, sem critério, fazendo muito barulho.
Qualquer pessoa minimamente inteligente e minimamente bem-intencionada, entende facilmente aquilo que eu disse.
Mas parece que o Deputado Municipal do TPA/PSD, Mário Santiago, não entendeu e, desonestamente, baralhou tudo, fez considerações a meu respeito sem ter a competência suficiente para o fazer, enfim portou-se como nos vem acostumando, e publicou no Facebook um “post” “delicioso”, logo partilhado pelos fiéis Paulo Sardinheiro e Francisco Cunha.
Diz ele: “Ontem, no discurso evocativo do 25 de abril, o Presidente da Assembleia Municipal Fernando Louro (PCP) manifestou-se contra os políticos que usam o Facebook como forma de se expressarem.
Alguém que explique a este senhor o que foi o 25 de abril, e que ao contrário de outros países com que ele se identifica (China, Coreia do Norte, etc) nós cá fazemos uso dessa 'coisa' a que ele chama Liberdade de Expressão sem medo de polícias políticas ou represálias.”.
Alguém consegue encontrar alguma ligação entre aquilo que eu disse e aquilo que o senhor deputado diz que eu disse?
A não ser que ele reagisse por se sentir atacado quando eu critiquei os políticos que levam o mandato que o povo lhes deu sem o mínimo de seriedade e de respeito, por quem os elegeu, e pelos adversários políticos, usando os blogues e o Facebook no combate político, levianamente, sem critério, fazendo muito barulho.
Deve ter sido isso, só pode ter sido isso.
Confesso que dou pouca importância aquilo que estes senhores escrevem ou partilham, e por isso mesmo, não perco tempo a responder-lhes.
E garanto que este meu artigo, nada tem a ver com os artigos e partilhas dos senhores Mário Santiago, Paulo Sardinheiro e Francisco Cunha, nem é uma resposta para eles.
O que me fez escrever foi um outro “post” que encontrei no Facebook, e que ilustra na perfeição aquele combate político que eu critiquei, e que se faz nas redes sociais, sem respeito, levianamente, sem critério, fazendo muito barulho.
E que pelos vistos aqueles senhores não entenderam.
Um senhor chamado Eduardo Costa, tem-se notabilizado em publicar constantemente artigos nas redes sociais, criticando disparatadamente, mas também insultando, a maioria da CDU que o Povo de Alpiarça por grande maioria escolheu, mas essencialmente o executivo da Câmara e o seu presidente Mário Pereira.
Este é o culpado de todas as anomalias que se passam em Alpiarça, Portugal e arredores, a maioria delas apenas existente na cabeça deste senhor.
Em conversas públicas chega a ser ridicularizado, pois já ninguém o suporta nem às suas críticas tempestuosas.
Já nem os seus próprios “aliados” no ódio anti CDU, se atrevem a pôr “gostos” nos seus “post”, e em regra é ele próprio, e só ele, que diz gostar daquilo que escreveu.
Mas também a este senhor ninguém lhe responde, pois aquilo que escreve é de tal forma delirante, irrazoável e tendencioso, que nem apetece responder, por inutilidade.
Abri uma exceção, porque desta vez excedeu-se, e publicou um “post” no Facebook, que não mostra apenas leviandade, falta de respeito e de critério.
É um “post” irresponsável, vergonhoso, autêntico terrorismo político.
Insinua, interrogando-se se será verdade ou será boato, que existe um segredo bem guardado em Alpiarça.
Diz que não se refere aos problemas da poluição da barragem, mas algo mais grave.
A anómala (?) incidência de cancros da bexiga e renais no concelho de Alpiarça.
Que o recente falecimento do Fernando Almeirante, que o seu sofrimento não tenha sido em vão na consciencialização local.
E depois tem a hipocrisia de manifestar os sentidos pêsames à família.
Indignou-me, chocou-me.
Por tudo o mais, mas sobretudo por usar o nome de uma pessoa que devia respeitar, nos seus delírios, sem considerar a sua família que perdeu o seu ente querido.
Afinal que conhecimentos tem este senhor de saúde ou de saúde pública, para provocar este tipo de alarme?
Será que tem conhecimentos estatísticos da incidência desse tipo de doença pelos outros concelhos e pelo país? Incidência anómala? Só em Alpiarça?
Qual o problema que quis insinuar existir? Cancro na bexiga e rins, em princípio está ligado a ingestão de líquidos.
Como não acredito que os Alpiarcenses andem a beber sistematicamente água dos poços ou da barragem, uma sua amiga de estimação, será que insinuou ser culpa da água da rede pública, Águas do Ribatejo, que como sabemos é outro ódio de estimação deste senhor.
Mas nem acreditamos nisso.
Mas ele diz que é um segredo bem guardado. Que segredo? Bem guardado por quem? Quem esconde informação?
Afinal diga o que sabe, denuncie junto das autoridades de saúde e até autoridades criminais.
Felizmente é lido por pouca gente, caso contrário poderia criar-se, irresponsavelmente, um alarme social no que respeita à bebida de água.
Se existe um problema local que está matando pessoas, e que isso pode ser evitado, e oculta esse segredo, está cometendo um crime de homicídio.
Se ele sabe qual o problema, como insinua saber, se ele sabe que alguém sabe disto, obvio que esse alguém é cúmplice, tal como o senhor Eduardo que não denuncia à justiça essas pessoas, para que esta possa fazer as devidas investigações.
E opta pelo caminho que tão bem sabe percorrer, das insinuações., do levantar suspeitas, do falar mal, sem nada provar.
Assim não, insinuar nos blogues e no Facebook, sem dizer nada em concreto, sem fazer o que devia ser feito, isto é política ao mais baixo nível, afinal aquilo que eu critiquei na Assembleia Municipal, e aquilo que os senhores Mário Santiago, Paulo Sardinheiro e Francisco Cunha acham muito bem, acham que isto é apenas liberdade de expressão, confundindo liberdade com libertinagem.
Por favor, tirem-me deste filme.
O Sr. Eduardo Costa tinha apenas um objetivo, aquele que tem sempre quando escreve, atacar o executivo de Alpiarça, atacar a CDU, como se a política pudesse ser um vale tudo, porque conclui num comentário “…ainda mais revoltante é o conveniente silêncio cúmplice das autoridades autárquicas também nestas matérias”.
Só podia. Tinha de ser a autarquia a culpada.
Mas acaba por pôr em causa toda a gente, principalmente, as autoridades de saúde.
Enfim. Os meus leitores que tirem as devidas conclusões.
Mas ainda acrescento.
Já sabíamos que o Sr. Eduardo Costa, era um especialista em quase tudo, desde o direito à economia, mas ainda não sabíamos que também era um conhecedor em medicina.
Mas preste atenção, se continua a querer mostrar os conhecimentos que acha ter em saúde pública, ainda pode encontrar alguém que se ache com conhecimentos em saúde mental.
Desculpem-me este longo desabafo, saiu-me da alma, poderia ter ficado calado, possivelmente até deveria, mas a indignação foi superior.
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