domingo, 30 de abril de 2017

ARTIGO DE OPINIÃO: “Estará Alpiarça viva?”

Por: Rodolfo Colhe
Presidente da Juventude Socialista
de
Alpiarça


Há determinadas práticas das quais não abdico com facilidade, algumas são difíceis de manter e outras nem por isso. Uma das práticas que não abdico é a de me questionar sobre várias temáticas e pensar sobre elas, mas por vezes não é fácil chegar à resposta. Uma das perguntas difíceis e que me assola diariamente é “Estará Alpiarça viva?”. Tenho, sinceramente, algumas dúvidas e se está viva, pelo menos, mexe-se muito pouco. Basta fazermos uma leitura dos jornais distritais para percebermos que Alpiarça é um dos municípios menos activo do nosso distrito sendo que as poucas actividades que existem são brutalmente mal publicitadas, inclusivamente, não é dada a publicidade devida às actividades de organização externa à autarquia. Festivais gastronómicos, festas do vinho (também já tivemos a melhor do distrito e uma das melhores do nosso país), encontros de futebol feminino (desporto colectivo feminino em Alpiarça e por este andar só se as vacas voarem e as galinhas ganharem dentes), tertúlias e espetáculos de teatro e referências a actividades que pudessem porventura trazer pessoas a Alpiarça e que alegrassem os Alpiarcenses e os fizessem sentir novamente a terra, tentando de alguma forma desencadear uma dinâmica local que na minha opinião neste momento não existe. Certo será que a falta de verba e a dívida e por aí fora terão a culpa desta inactividade, mas a verdade é outra, a culpa é da falta de capacidade e de imaginação. Quando há muito dinheiro é mais fácil fazer algo do que quando há pouco e disso ninguém duvida, mas mesmo sem muito dinheiro também se pode fazer muitas coisas, e coisas muito boas. E é aí que entra a capacidade e a imaginação e a existência de políticas. E atenção que ninguém exige nada de extraordinário nem de megalómano, mas sim iniciativas que valorizem Alpiarça e aquilo que de melhor temos para dar, iniciativas com o muito que temos por que a verdade é essa temos muito, muitos espaços, muita cultura, muitos pontos de interesse. Alpiarça pode, sem dúvida, voltar a estar viva e até a rejuvenescer, basta que alguém potencie o que há de melhor na nossa terra, mas tal como tudo na nossa vida, as coisas não acontecem por acaso nem do nada. É preciso um projecto novo com ideias novas, uma mentalidade diferente com objectivos definidos e actuais. Que Alpiarça volte a ser uma terra agradável de se viver.

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