domingo, 2 de outubro de 2016

SOBRE A BARRAGEM DE ALPIARÇA...

Por: Eduardo Costa


SOBRE A BARRAGEM DE ALPIARÇA...
SERÁ QUE DESTA VEZ VAI PREVALECER O RIGOR?

Espero sinceramente que desta vez as águas da Barragem dos Patudos não sejam usadas politicamente pela autarquia.
Multiplas análises quimico-biológicas que podem fazer à água. O importante é monitorizar-se os parâmetros que se pressupõem com resultados preocupantes E NÃO OUTROS politicamente mais convenientes.
No passado o Sr. Presidente chegou a afirmar que “… a água não levanta problemas para actividade balneária…” e que “…ao nível das bactérias, não há qualquer problema, porque os valores das análises apresentam níveis muito abaixo dos permitidos…”, quando sabia que a realidade era bem diferente.
Dessa realidade que as análises que possuía mostravam, saliento as seguintes ideias que extraí e que contrariavam aquelas suas afirmações:
1. A concentração de “Fósforo Total” na barragem era de 130mg/m3, ou seja, cerca de 4 vezes mais, do máximo de referência tolerado pelo INAG (35mg/m3).
2. A concentração de “Clorofila” na barragem era de 450mg/m3, ou seja, cerca de 45 vezes mais, do valor a partir do qual o INAG considera a água eutrofizada (10mg/m3).
3. Estes 2 indicadores, indiciavam a presença das perigosas cianobactérias e, consequentemente, de neurotoxinas e hepatoxinas, ou seja, de toxinas que afectam o cérebro e o fígado de todos os seres vivos, em possível contacto com aquelas águas.
4. O índice de CBO (Carência Bioquímica de Oxigénio) na barragem era de 22mg/l, que indicava ainda que as águas estavam muito poluídas de matéria orgânica, ou seja, cerca de 3 vezes mais do valor, a partir do qual, o INAG considera a água de má qualidade (8mg/l).
Ainda mais grave, foram escondidas durante 5 meses as análises bacteriológicas a peixes mortos que confirmavam o expectável perante a hipereutrofização bem visivel, ao mostrarem (obviamente) a existência neles e, consequentemente, nas águas da barragem, das 3 palavras muito perigosas para a saúde pública – CIANOBACTÉRIAS, NEUROTOXINAS e HEPATOXINAS – por atacarem órgãos humanos vitais como são o cérebro e o fígado.
Com este previsível cenário permitiu-se que centenas de jovens nadassem nestas águas doentes nos triatlos, havendo indícios que pelo menos um jovem de Alpiarça tenha sido contaminado no seu fígado, perante notícias na altura vindas a público.
Perante estes antecedentes, regista-se agora com agrado a voluntariosa divulgação de análises da água da barragem, ficando a expectativa sobre QUE ANÁLISES incidiram os resultados a serem divulgados.
Uma grande dúvida prevalece... Qual o impacto ambiental na qualidade e volume de água dos lençóis friáticos, que os muitos milhões de litros injectados na barragem para melhorar a qualidade da sua água, ter-se-á verificado!
EM CONCLUSÃO estou curioso de conhecer que tipo de análises, desta vez de forma tão célere e VOLUNTARIOSA, a câmara vai publicitar.

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