Por: Rodolfo Colhe presidente da Juventude Socialista de Alpiarça |
Um dos factores que influencia a
nossa opinião, é sem dúvida a comunicação social e em grande parte as redes
sociais através das partilhas em massa de notícias, muitas vezes sem grande
fundamento ou muitíssimo tendenciosas, especialmente se o assunto for a política
nacional. Não devemos ser suficientemente puros para achar que as notícias não
são tendenciosas porque realmente o são. Enormes lóbis relacionados com empresas-mãe
dos meios de comunicação, relações pessoais e comerciais etc., levam a que
aquilo que nos chega muitas vezes, não nos chegue na forma mais pura, parecendo
quase que estamos a ver um programa desportivo em que cada
comentador/jornalista defende a sua dama com unhas e dentes entrando muitas
vezes no radicalismo. É necessário que tenhamos a capacidade para analisar as
notícias na sua essência e mais do que isso analisemos a falta delas. É muitas
vezes na falta de notícias que percebemos o quão tendenciosos são os meios. No
passado dia 21, durante a recepção à Secretária de Estado Adjunta e da Educação
Dr.ª Alexandra Leitão, esperei que, como é normal, existissem muitas críticas à
colocação de professores. A verdade é que essa crítica nem sequer existiu, o
que me levou a pensar que de facto a comunicação social desde o início do ano
lectivo nunca falou sobre a falta de professores. Admito que tive vontade de
procurar o assessor de comunicação, que por ventura estaria a acompanhar a
Secretária de Estado para perceber, caso fosse possível, o porquê de não existirem
notícias sobre isso. Penso não estar errado ao pensar que se a falta de
professores no início dos anos lectivos é habitual e é notícia, então a não
existência de problemas na colocação de professores deve ser noticiada. Não
digo que não existam problemas nem que não tenha existido nenhuma notícia mas
que não foram na escala habitual não foram. Outro dos temas que geralmente é
notícia e que gera uma enorme polémica é sem dúvida o orçamento de estado. Em
relação a este tema, este ano pode-se falar numa grande falta de informação
relacionada com determinados pontos que são geralmente apontados e usados como
forma de análise. E atenção, falo de informação por parte dos meios de
comunicação e não do governo. Não sou da área da economia, mas há determinadas
coisas que são fáceis de analisar, tais como o aumento da verba disponível para
a cultura, um tema que geralmente é usado para criticar, uma vez que verdade
seja dita, é uma das primeiras áreas onde se corta quando há essa necessidade.
Alguém fez notícia disso? Óbvio que não. Já agora, alguém viu algum canal de
televisão ou jornal de tiragem nacional fazer notícia sobre as contradições da
oposição, por exemplo, em relação à sobretaxa onde criticam a sua não
eliminação quando tinham prometido mantê-la até 2019? Com toda a certeza, a
discussão da especialidade do orçamento irá dar com toda a certeza grandes
manchetes, uma vez mais inflamadas .
Respeito a classe dos jornalistas,
sem nenhuma dúvida disso, mas são muitas vezes os interesses económicos e
políticos dos grandes grupos que conduzem os jornalistas a escrever o que
escrevem. Em Alpiarça felizmente a informação tem vindo a aumentar, o que é de
todo positivo mas muito mais há para escrever e para dizer sendo lamentada a falta
de informação em estado puro dada pelo nosso executivo Camarário.
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