domingo, 21 de agosto de 2016

NO PSD- PARTIDO SOCIAL DEMOCRATA NÃO HÁ VACAS SAGRADAS NEM LIDERES ETERNOS

Por: J.M. Castanheira Barros
Afirmei no Facebook, após a Festa do Pontal do PSD – Partido Social Democrata, que se realizou no Algarve – Portugal no passado Domingo dia 14 de Agosto de 2016 que o discurso do Presidente da Comissão Política Nacional, Passos Coelho, foi « longo, enfadonho, economicista e raramente aplaudido, incapaz de gerar entusiasmo nos muitos militantes que responderam à chamada ». 
Mais afirmei que « as pessoas e não os números têm de ser a prioridade de um Partido que deve ser fiel ao espírito de Sá Carneiro e demais fundadores e que assenta na social-democracia » .
Afirmei ainda que « Passos Coelho e o seu Governo foram os principais responsáveis da derrocada eleitoral do PSD nas últimas eleições autárquicas devido às medidas impopulares e inoportunas que foram adoptadas na antecâmara daquelas eleições », « pelo que se o PSD quiser ganhar as eleições autárquicas e legislativas tem de definir um novo rumo que tenha as pessoas e o desenvolvimento sustentável como centro de gravidade » .
Sucederam-se os comentários favoráveis e desfavoráveis, todos eles disponíveis na minha página do Facebook .
Ninguém contestou porém qualquer dos pontos das supra-mencionadas afirmações com exceção do Dr. Rui Santos que abordou a questão liberalismo / versus social-democracia .
Foi longo o discurso de Passos Coelho ?
Demorou 40 minutos, estando acessível no site do PSD, o que permite a respetiva audição e a conclusão de que o discurso em apreço raramente foi aplaudido e que não gerou qualquer entusiasmo na assistência, sendo por isso « enfadonho » . ..
Pelos temas abordados fácil é também concluir que se tratou de um discurso economicista No artigo da autoria de Maria João Ribeiro , publicado no Jornal Digital Económico em 17.08.2016 e que foi apresentado num dos comentários ao texto que publiquei no Facebook em 15.08.2016 pode ler-se : « o discurso soluçado foi pouco interrompido por aplausos e estes, quando se ouviam, eram abafados e pouco entusiasmados … . Passos Coelho gesticula de forma ampla e expressiva, mas a sua expressão facial é quase sempre tensa, revelando ora frustração, ora raiva. Quando sorri soa a falso e respira nervosismo e sarcasmo. A cadência do discurso é de tal forma lenta e monótona, e o timbre tão pouco emotivo, que a sua exposição mais parece uma homilia em que as pausas oferecidas servem à reflexão dos ouvintes » .
Nenhum dos muitos comentários pôs em causa a afirmação de que « Passos Coelho e o seu Governo foram os principais responsáveis da derrocada eleitoral do PSD nas últimas eleições autárquicas devido às medidas impopulares e inoportunas que foram adoptadas na antecâmara daquelas eleições…pelo que se o PSD quiser ganhar as eleições autárquicas e legislativas tem de definir um novo rumo que tenha as pessoas e o desenvolvimento sustentável como centro de gravidade » .
O pior que um militante de um qualquer partido pode fazer é abdicar do seu sentido crítico e pactuar com a « paz podre », adotando um comportamento bajulador .
No PSD não há vacas sagradas nem lideres eternos 

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