quarta-feira, 23 de setembro de 2020

CONCELHIA PS/ALPIARÇA



Contrariamente ao que é habitual, já que as questões de transparência relativas à vida interna do Partido Comunista são sempre tratadas de “forma não transparente”, desta vez houve uma explicação para o insólito episódio de saída do vice-presidente da câmara a menos de um ano do fim do mandato.

Deixado inicialmente o campo aberto a especulações várias, face ao silêncio ensurdecedor que se abateu sobre o PC, entendeu o vice-presidente, através de uma esclarecedora entrevista ao jornal “O Mirante” pôr fim a essas especulações, dando, de uma forma corajosa, as explicações que se impunham para a decisão que tomou. Disse o que muitos já sabiam, mas que as estruturas do PCP e os seus representantes no executivo teimavam em esconder – Os cargos no executivo municipal são verbo-de-encher, e os eleitos desautorizados e menorizados na sua acção; face aos interesses do PCP. Demorou tempo, muito tempo, mas uma “voz de dentro” confirmou que são todos “umas marionetas”. O outro vereador e o Presidente, que não manda nada e é conivente com atitudes ditatoriais do PCP, executadas pelo Chefe de Gabinete.

Foi pena que a coragem de finalmente ter falado tenha demorado três mandatos (quase 12 anos). Um dia a permitir desautorizações, desconsiderações, vexames é muito tempo - três mandato é uma eternidade.

Para Alpiarça é pena que tenha demorado tanto tempo a reagir à incapacidade de o PCP respeitar a democracia – a vitima principal é Alpiarça, que tem sido sacrificada aos interesses do PC . Interesses que não sabem conviver com as críticas e um exercício arrogante do poder, que subordina o interesse colectivo ao benefício partidário.

As consequências estão à vista de todos. Alpiarça é hoje um concelho deprimido e abandonado por empresas e pessoas . Um concelho que tem sido sujeito à subjugação da sua autenticidade, face a interesses que não são transparentes. Um Concelho onde nada de substancial se construiu. Um concelho governado em função de interesses partidários.

Um concelho dirigido por um chefe de gabinete, que se porta como DDT ( Dono Disto Tudo).

Alpiarça e os Alpiarcenses merecem melhor.

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