segunda-feira, 15 de julho de 2019

A INGRATIDÃO DO PARTIDO COMUNISTA PORTUGUÊS




No passado sábado fui  ver o “SORRAIA SUMMER FEST 2019”.
Encontrei por lá dois amigos que não os via há muito tempo: 
Um há mais de quarenta anos. 
Foi trabalhar  para a cidade grande o por lá ficou a viver. 
Outro que vive pelas minhas bandas mas por várias razões encontramo-nos pouco. 
Com este último estive algum tempo a falar. 
Falamos quase de tudo para eu ficar a saber  que se  “desfiliou” do PCP após o “25 de Abril”, do qual foi militante durante muitos anos porque “não estava de acordo com o que o partido fez durante o PREC” mas continua a ter o “vermelho no seu sangue”
Homem conhecedor e bem informado dos bastidores do partido que renegou mas que acompanha à distância contou-me “coisas do arco da velha” que eu desconhecia por completo. 
Disse-me que o ”Francisco Galiza” quando “chegou a Alpiarça, após o 25 de Abril vinha sem nada. Apenas trazia a roupa que vestia. Nem dinheiro tinha” 
Não bastasse o “Partido Comunista Português, partido de que o Galiza era militante” considerou-o como ‘inactivo’ para poder  "continuar a exercer o que que fosse no partido” e muito menos o ajudou no quer que fosse para iniciar uma nova vida 
Noutras palavras  “Galiza” foi posto na “prateleira” pelo próprio partido do qual foi militante durante dezenas de anos. 
Valeu ao “Chico” a ajuda e amizade dos velhos camaradas e amigos  que nunca o abandonaram. 
No entanto, tal como o meu amigo, vermelho é o seu pensamento e defensor da ideologia a que tanto que se dedicou mas cujo partido o considerou “incapaz”
Deu-me que pensar esta história porque na verdade a ingratidão faz parte da política. 
O “Chico” é um homem a quem estimo muito  e pelo qual tenho grande consideração, quer por ser um Grande Homem quer por ser um Homem Simples. 
Vai, talvez, para trinta anos, quando   fiz uma curta entrevista ao "Chico Galiza" .
Em “Off” puxou pela memória e contou-me coisas do partido,  do que fez, do que passou e do que sofreu. 
Fiquei a admirá-lo. 
Dos seus “arquivos da memória” não  contou o que  disse o meu amigo mas disse-me que fazia parte do “braço armado” do Partido Comunista Português e que levou  longos anos da clandestinidade  a “saltar de terra em terra” com várias identificações falsas. 

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