segunda-feira, 17 de junho de 2019

ARTIGO DE OPINIÃO: Política interna em ebulição

Por:
Rodolfo Colhe

Política interna em ebulição

A grande maioria dos portugueses encontra-se neste período preocupado com as suas futuras férias longe de ainda se preocuparem com as futuras eleições legislativas. Muitos já sabem em quem vão votar, outros aguardam o andar da carruagem para perceber onde vão depositar o seu voto e outros mais decidem mesmo se irão votar. A verdade é que dentro de um mês já teremos listas mesmo que não definitivas (faltando aprovação nacional), e isso marcará o início de algo que já se iniciou á vários meses.
Confesso que enquanto militante do Partido Socialista e da Juventude Socialista esta fase é particularmente interessante no que diz respeito á tentativa de acompanhar todas as movimentações no país e mais concretamente no distrito de Santarém.
Certamente as listas não deixarão todos satisfeitos, supostamente mais serão os que ficarão insatisfeitos, os lugares são limitados e há muitos putativos candidatos, e isto continua a ser visto pelos portugueses em geral muito por ação do populismo como uma luta por tachos, bem a verdade é que de todo não é verdade.
Se a expressão “cada cabeça a sua sentença” não é 100% válida quando falamos de militantes de um partido. A verdade é que o grau de preocupação com as bandeiras, caraterísticas individuais das pessoas, a zona de proveniência, a relação com o poder autárquico e a ligação ou não as estruturas autónomas como a JS e o Departamento das Mulheres Socialistas criam diferenças importantes nos putativos candidatos e claro na ação dos futuros deputados, se em cada 50 deputados 30 olharão para o ambiente como uma das principais bandeiras a serem agitadas, isso não irá modificar a legislatura? É claro que vai. Este período é de todo relevante apesar de muito fechado no seio do partido. Apesar disso o PS já abre por exemplo a formulação do programa eleitoral a todos os portugueses. Com isto não estou a propor que se abra demasiado a formulação das listas, tenho muitas dúvidas mesmo que as diretas sejam o melhor caminho (na escolha da lista de deputados), se calhar até o são, no entanto, este será um processo que necessita ser maturado e desenvolvido sem pressas e sem populismos. É importante encontrar maneira de reformular a forma de fazer política, para que as pessoas se aproximem das estruturas de governação e para que aumente a participação cívica da população em geral.
Enquanto militante tenho as minhas predileções para a lista pelo distrito de Santarém no entanto é importante a lista que venha a sair seja a lista de todos, depois quando as eleições passarem então aí poderemos avaliar o que foi bem e mal programado.

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