segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

ARTIGO DE OPINIÃO: Sim a proximidade

Por:
Rodolfo Colhe

Sim a proximidade

As últimas semanas foram marcadas por polémicas e ataques ao PCP (cá se fazem cá se pagam), há que retirar uma discussão e uma suposta reentrada na discussão política de um tema que em conjunto devia levar a uma reformulação do nosso país.

A discussão em curso é a transferência de competências para as autarquias uma temática vital e de uma necessidade extraordinária que possibilitará a gestão de proximidade que tanto precisamos, o tema que aparentemente reentrou na discussão política foi a regionalização.

Resumindo-me à minha insignificância não me vou dar ao luxo de falar em modelos nem em libertação de verbas, mas sim daquilo que é para mim essencial na política e cintando o meu amigo Tiago Preguiça “fazer as pessoas felizes”. Esse deve ser, sem dúvida, o objetivo de qualquer política pública ou de qualquer ação política no geral, mesmo quando falamos de medidas que diretamente não beneficiam as pessoas.

O poder do estado central não deve ser beliscado, mas sejamos honestos tem a ministra da saúde possibilidade de se preocupar pessoalmente com os problemas de um centro de saúde quando tem problemas em 400? O mesmo serve para as escolas municipais ou para o acesso à justiça na nossa região. Não será de todo mais fácil os autarcas terem poder para decidir e resolver? Não seria mais fácil termos uma entidade regional eleita com poder executivo e político capaz de resolver os problemas ou de pressionar o governo no sentido de o problema vir a ser resolvido? Não podem e devem os problemas em primeira instância ser resolvidos por quem está próximo? Se não devem então assumo que não percebo nada disto.

Para mim é óbvio que a Câmara Municipal de Alpiarça deve ter mais autonomia (deve-lhe ser dadas condições para exercer bem as suas responsabilidades), para mim é óbvio que o Ribatejo deve voltar existir administrativamente.

Uma palavra aos autarcas que estão com duvidas que as competencias venham acompanhadas de fundos para as cumprir, sei que a mudança é dificil mas acreditem no governo.
Não devemos deixar que os políticos da Área Metropolitana do Porto de uma forma um pouco hipócrita sejam os únicos a contestar o centralismo, quando no fundo só querem substituir o centralismo de Lisboa pelo “nortismo” do Porto.

Espero sinceramente que a regionalização entre realmente na agenda e que seja discutida, estudada e em seguida legislada com uma estrutura duradoura e que venha a favorecer todos, mas que principalmente ajude a atenuar as diferenças entre as diferentes regiões do nosso país.

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