domingo, 4 de novembro de 2018

ARTIGO DE OPINIÃO: Ribatejo em movimento, e Alpiarça a ver


Por:
Rodolfo Colhe
Ribatejo em movimento, e Alpiarça a ver


Se podemos viver sem festas? Podemos mas não é a mesma coisa e nem queremos, eu não quero pelo menos.
Este fim-de-semana foi certamente dos mais movimentados ao nível das festividades no nosso Ribatejo, com uma quantidade de eventos que atraem muitas pessoas de fora dos concelhos onde se realizam. Basta olhar para os maiores exemplos como a Feira de Todos os Santos no Cartaxo, o Festival de Balonismo em Coruche, a Feira Nacional do Cavalo na Golegã ou a Festival Nacional da Gastronomia em Santarém. Para perceber que foi mesmo em grande, e vai continuar a ser em todo este período que culmina na passagem de ano. Alguns políticos usam facilmente o ditado “com festas e bolos se enganam os tolos”, o que não é de todo mentira mas também não é na sua essência verdade, as festividades fazem falta, muita falta até. São veículos de propaganda das localidades, ajudam a unir as pessoas enquanto pontos de encontro, permitem aos agentes económicos ou sociais prosperar.
Se eventos como o Festival Nacional da Gastronomia, têm uma história e dinâmicas difíceis de igualar (mesmo que possa estar em ligeira quebra), um evento como o Festival de Balonismo associado á Feira do Livro e a Gastronomia são o exemplo para mim de sentido de oportunidade de “sabe fazer” e de bom gosto.
Na nossa Alpiarça os eventos aglutinadores de pessoas são dois e concentrados em poucos meses, e no resto do ano pouco ou nada se faz a esse nível e o que se faz não é publicitado. Aposto que o Natal vem aí e que por ação do executivo camarário de Alpiarça não daríamos por ele, tal como acontece com a Páscoa, o São Martinho (podiam pelo menos fazer uso da boa água-pé da Agroalpiarça), o Dia de Todos os Santos ou com o dia da Juventude, por exemplo.
E não é uma questão nem de verba nem de funcionários é uma questão de vontade, de capacidade e de imaginação e de ver mais á frente, de perceber o que as pessoas querem. Sejam corajosos e ouçam as forças vivas do concelho, clubes, associações, IPSS etc. Mais uma vez apelo também á criação do Conselho Municipal de Juventude, de uma vez por todas já é hora de dar voz aos jovens do concelho. As urnas são o maior barómetro mas são o mais geral, e há coisas específicas para avaliar nomeadamente e neste caso a dinâmica de festividades do concelho mas muito mais há para avaliar. Se não tiverem medo aceitem o meu conselho.

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