segunda-feira, 22 de outubro de 2018

ARTIGO DE OPINIÃO: Som do silêncio

Por:
Rodolfo Colhe


Som do silêncio


Numa Vila onde a natureza ainda ocupa um lugar de destaque, onde se consegue ouvir logo pela manhã galos a cantar, pássaros a chilrear e felizmente por agora ainda existem crianças e jovens a brincar rua fora. O som mais pojante produzido pelo poder político é o som do silêncio.

A situação de Alpiarça faz lembrar os filmes de comédia em que a casa está a arder, mas o proprietário está preocupado com outra coisa qualquer que não as chamas, e claramente Alpiarça está a ser consumida pelas chamas da apatia e da falta de competência.

Sou um crítico dos políticos que optam pelo excesso de presença, mas nada supera na escala de más práticas autárquicas o político que se faz de morto, e são esses os políticos que temos a dirigir o concelho. As redes sociais chamam a atenção para situações importantes apesar de apresentadas da forma errada, o executivo não reage, fala-se á boca grande que não atribuíram uma placa com o nome do Eng.º Leonel Piscalho por o mesmo ter sido candidato nas listas autárquicas do PS e reações nada, na verdade a questão até é simples não há mais dinheiro para obras de fachada e só tinham de admitir isso.

O novo orçamento do estado está aí, as câmaras municipais a norte de Alpiarça discutem obras de milhões de euros em necessárias travessias do Tejo, outras localidades ligações de qualidade á capital de distrito, novas unidades de saúde etc. E Alpiarça? Não temos também necessidades? Ouço falar com uma insistência já bastante grande no quadro de apoio comunitário 2021-2027 e ainda andamos a ver quando arrancamos com as obras do quadro ainda em vigor é certo, mas cujas obras já deviam estar terminadas e ainda não se iniciaram. Mais grave ainda é a situação da barragem onde ninguém se entende, ninguém toma posição firme optando por se empurrar com a cabeça, enquanto isto, os peixes continuam a morrer. Mas já alguém tentou da forma legítima incluir esta necessidade no OE 2019, ou em algum fundo europeu? Falar é mais fácil que fazer, mas eu só posso falar, quem pode fazer mais que o faça, ou vamos continuar com o som do silêncio.

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