sexta-feira, 25 de agosto de 2017

AS ABERRAÇÕES ‘CONSENTIDAS’ EM ALPIARÇA


Por: António Centeio
(*)



Há edifícios ou algo do género que estão totalmente desenquadrados em relação ao espaço em que estão inseridos ou ainda ao ambiente da terra em que se situam.

Obras estas que mais não são do que enormes aberrações mas que temos de as aceitar por via de terem sido mandadas fazer  pelo poder politico, isto é: porque quem foi eleito.

Daqui nada a fazer.

Em Alpiarça existe uma obra que transformou a sua única  ex-libris numa total “escuridão.

Refiro-mo concretamente à requalificação da Casa Museu dos Patudos onde construíram um muro que nos impede de ver a 'nossa' lezíria.

Uma “lezíria” que era os “olhos bonitos” de José Relvas já que nas manhãs quentes de Verão gostava de olhar para lá das extremas daquilo que era seu.

Hoje temos na nossa frente uma árvore de betão ou  um  mamarracho, como já lhe chamaram, que não nos deixa ver nada.

Até a arquitetura levada a efeito para requalificar o espaço do museu não faz sentido nenhum com o projecto de Raúl Lino.

Ainda hoje estou por compreender o que levou o executivo a autorizar esta aberração que não se enquadra de maneira alguma com o espaço em que está localizada.

Ainda bem que José Relvas já não faz parte dos vivos.

Nos últimos tempos tenho andado a acompanhar in loco o desenvolvimento da requalificação do “JARDIM MUNICIPAL DE ALPIARÇA

Algo me diz que o que foi “jardim será tudo menos do  que um jardim para passar a ser mais um “largo” de qualquer coisa porque “praça” já existe a “Praça do Municipio”.

Este “largo” poderá  ser  ou vir a ter tudo mas nada que nos permita  dizer que é um Jardim.

Para ser um jardim é preciso muitas mas muitas flores e flores no espaço que era um espaço lindo é coisa não parecer vir a existir.

Estaremos cá para ver.

Sou defensor de que: quando o poder local pretenda fazer obras que alterem a caracterização da terra que levem a efeito um referendo.

Se quanto à requalificação do antigo “Jardim Municipal” a população fosse consultada talvez não viéssemos a ter um novo “Largo Municipal”.

(*) Foto ilustrativa. Esta casa sui generis situa-se na Chamusca




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