Por: Rodolfo Colhe Presidente da Juventude Socialista de Alpiarça
Mercado Municipal
Se há coisa que procuro é ser
racional, e como impõem a racionalidade quando se critica a falta de
iniciativas e a falta de discussão pública de assuntos que dizem respeito à
nossa terra e quando esses eventos e discussões acontecem, devemos participar. Estive
no passado dia 9 na apresentação do “PROJECTO
DE REABILITAÇÃO E ADAPTAÇÃO DO EDIFÍCIO DO MERCADO MUNICIPAL DE ALPIARÇA”
onde nos foi apresentado em traços gerais a amplitude das obras e alguns
pormenores daquilo que será o mercado após as obras. Se em relação ao que vai
ser feito não tenho muito a dizer, uma vez que à partida as coisas parecem bem estruturadas,
e eu não possuo conhecimentos técnicos que me permitam afirmá-lo, o que fica
por fazer já é outra coisa e apesar de eu acreditar na informação dada de que
os fundos não permitem a alteração das galerias, essa intervenção é de todo
necessária, especialmente, do ponto de vista da funcionalidade e da
rentabilidade económica. E é na funcionalidade que está o problema principal do
Mercado Municipal, ou melhor, o principal problema do mercado é a falta de políticas
para o dinamizar tornando-o útil e dando a credibilidade que um espaço como
este merece, e com isto não tiro o valor ao executivo por estar a reabilitar o
espaço, mas só isso não chega, o mercado tem que ser mais do que é, de
preferência ser rentável. Como sempre o problema é a visão que se tem sobre os
diferentes dossiês que se tem em mãos, e no caso do Mercado Municipal a questão
é mesmo essa, afinal o que queremos daquele espaço? Pessoalmente, não acredito
minimamente que possa exclusivamente ser um espaço de venda de bens alimentares
ou só de restauração ou só de cultura (por exemplo, uma galeria onde artistas
amadores do nosso concelho possam expor gratuitamente) ou unicamente um espaço
com vários gabinetes e serviços, parece-me a mim que este espaço tem de
albergar um pouco de tudo isto, sendo que a falta de alguma das partes
dificultará em muito um bom resultado final. E ninguém acredite que no estado a
que Alpiarça chegou alguém se decide mudar para o Mercado Municipal sem ser
procurado para isso e sem que lhe sejam dadas garantias de que o espaço vai ser
dinamizado. Imagino-me bastante bem a almoçar ou a jantar dentro do mercado e
em seguida a ficar para assistir a um concerto ou espectáculo cultural como
também me imagino a tratar de vários assuntos do dia-a-dia no mesmo espaço, mas
só com boas políticas e visão se chega lá. Deixo a sugestão de abrir a
população a possibilidade de apresentar propostas sobre possíveis dinâmicas e
funcionalidades do Mercado Municipal no futuro.
Arte urbana
Correndo o risco de não gostar do
trabalho final (ao dia a que escrevo, gosto do que é visível), não posso deixar
de comentar e de dar uma opinião favorável a opção da CMA por pintar alguns
espaços com graffiti ou arte urbana ou como preferirem chamar-lhe, mas a opção
é boa. Se muitas outras vezes tivéssemos a abertura de perceber o que é bem
feito em concelhos vizinhos e neste caso, Alpiarça poderia ser um sítio mais
agradável. Quanto ao resultado final uns gostaram outros não. Na minha óptica,
desde que haja bom senso na escolha do que vai ser pintado, o resultado final
será sempre positivo.
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