domingo, 14 de maio de 2017

ARTIGO DE OPINIÃO: Mercado Municipal

Por:
Rodolfo Colhe
Presidente da Juventude Socialista
de
Alpiarça

Mercado Municipal

Se há coisa que procuro é ser racional, e como impõem a racionalidade quando se critica a falta de iniciativas e a falta de discussão pública de assuntos que dizem respeito à nossa terra e quando esses eventos e discussões acontecem, devemos participar. Estive no passado dia 9 na apresentação do “PROJECTO DE REABILITAÇÃO E ADAPTAÇÃO DO EDIFÍCIO DO MERCADO MUNICIPAL DE ALPIARÇA” onde nos foi apresentado em traços gerais a amplitude das obras e alguns pormenores daquilo que será o mercado após as obras. Se em relação ao que vai ser feito não tenho muito a dizer, uma vez que à partida as coisas parecem bem estruturadas, e eu não possuo conhecimentos técnicos que me permitam afirmá-lo, o que fica por fazer já é outra coisa e apesar de eu acreditar na informação dada de que os fundos não permitem a alteração das galerias, essa intervenção é de todo necessária, especialmente, do ponto de vista da funcionalidade e da rentabilidade económica. E é na funcionalidade que está o problema principal do Mercado Municipal, ou melhor, o principal problema do mercado é a falta de políticas para o dinamizar tornando-o útil e dando a credibilidade que um espaço como este merece, e com isto não tiro o valor ao executivo por estar a reabilitar o espaço, mas só isso não chega, o mercado tem que ser mais do que é, de preferência ser rentável. Como sempre o problema é a visão que se tem sobre os diferentes dossiês que se tem em mãos, e no caso do Mercado Municipal a questão é mesmo essa, afinal o que queremos daquele espaço? Pessoalmente, não acredito minimamente que possa exclusivamente ser um espaço de venda de bens alimentares ou só de restauração ou só de cultura (por exemplo, uma galeria onde artistas amadores do nosso concelho possam expor gratuitamente) ou unicamente um espaço com vários gabinetes e serviços, parece-me a mim que este espaço tem de albergar um pouco de tudo isto, sendo que a falta de alguma das partes dificultará em muito um bom resultado final. E ninguém acredite que no estado a que Alpiarça chegou alguém se decide mudar para o Mercado Municipal sem ser procurado para isso e sem que lhe sejam dadas garantias de que o espaço vai ser dinamizado. Imagino-me bastante bem a almoçar ou a jantar dentro do mercado e em seguida a ficar para assistir a um concerto ou espectáculo cultural como também me imagino a tratar de vários assuntos do dia-a-dia no mesmo espaço, mas só com boas políticas e visão se chega lá. Deixo a sugestão de abrir a população a possibilidade de apresentar propostas sobre possíveis dinâmicas e funcionalidades do Mercado Municipal no futuro.

Arte urbana

Correndo o risco de não gostar do trabalho final (ao dia a que escrevo, gosto do que é visível), não posso deixar de comentar e de dar uma opinião favorável a opção da CMA por pintar alguns espaços com graffiti ou arte urbana ou como preferirem chamar-lhe, mas a opção é boa. Se muitas outras vezes tivéssemos a abertura de perceber o que é bem feito em concelhos vizinhos e neste caso, Alpiarça poderia ser um sítio mais agradável. Quanto ao resultado final uns gostaram outros não. Na minha óptica, desde que haja bom senso na escolha do que vai ser pintado, o resultado final será sempre positivo.

Sem comentários:

Enviar um comentário