sábado, 13 de agosto de 2016

Incêndios: "Forças armadas não podem fazer trabalho da proteção civil"

Ministra da Administração Interna rejeita a ideia que os reforços no combate às chamas tenham sido pedidos demasiado tarde.


Numa sessão de esclarecimentos aos jornalistas, em Aveiro, a ministra da Administração Interna começou por dizer que “a situação [dos incêndios] está bem mais calma” e que “estamos em fase de rescaldo, que é uma fase muito importante para evitar reacendimentos, que são sempre terríveis”, dando o exemplo dos incêndios de Águeda.
Confrontada com a falta de meios no combate aos fogos, nomeadamente a falta de acção da Força Aérea, Constança Urbano de Sousa referiu que “as forças armadas não têm qualquer tipo de capacidade para combater fogos”, visto que “os seus pilotos não têm formação” para tal, e que a sua função “é dar apoio à Proteção Civil”, não podendo, por isso, “nos termos da Constituição, assumir o papel” da Proteção Civil.
Se o reforço dos meios para o combate às chamas foi tardio, a governante explica que “as decisões são tomadas consoante as necessidades do momento”. “Acontece que as necessidades podem mudar de um minuto para o outro. Tudo depende das condições meteorológicas. Ninguém previa que, aliado a um calor, íamos ter ventos inacreditáveis. Os meios chegaram quando houve necessidade de atuar”, acrescentou.
Para explicar a quantidade de fogos que foi preciso combater, a ministra lembrou que “os meios nunca são infinitos” e que as condições climatéricas dificultaram, e muito, o trabalho dos bombeiros. “Neste ano, houve uma concentração de ocorrências numa parte do território, o que faz que haja muita concentração de meios num sítio e depois uma enorme dispersão, o que faz com que os meios se dispersem. Isso é algo que não conseguimos prever”, terminou.
«Lusa»

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